Um tribunal da Turquia condenou sete funcionários do jornal Sözcü a penas de dois a três anos e meio de prisão, sob acusação de terem ajudado o movimento fundado por Fethullah Gulen, um clérigo muçulmano residente nos Estados Unidos, na tentativa de um golpe, em julho de 2016, na qual cerca de 250 pessoas foram mortas. Dois dos jornalistas mais conhecidos da Turquia, Emin Çölasan e Necati Dogru, foram condenados a três anos e meio de prisão. Outros quatro outros jornalistas e um contador do mesmo jornal receberam sentenças de dois anos e três anos e quatro meses. Os jornalistas condenados negaram qualquer ligação com Gulen.
O videojornalista Mediha Olgun foi absolvido.
Com uma tiragem diária de 240 mil exemplares, o Sözcü é um dos jornais mais vendidos da Turquia. O jornal descreveu o veredito como uma mancha negra na história da liberdade de imprensa e disse que vai recorrer contra em um tribunal superior.
Depois da China, a Turquia é o país onde mais jornalistas estão detidos, segundo o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ).
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Turcos, 108 jornalistas e funcionários da mídia estão atualmente na prisão, ou sob pena de prisão ou aguardando julgamento.
PI/Caminho Político
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