
Os sintomas comuns são corrimentos nasais, dores de cabeça, tosses e febre, além de dificuldades respiratórias, tremores e dores corporais associadas a infecções por outros tipos perigosos de coronavírus.
O homem de 61 anos foi à primeira vítima do surto que começou em dezembro. Ele comprava alimentos regularmente em um mercado de frutos do mar, local de onde vieram à maioria dos pacientes – comerciantes e consumidores – infectados pela doença. Ele também sofria de tumores abdominais e doença crônica do fígado.
O paciente foi hospitalizado com dificuldades de respiração e pneumonia grave. O tratamento que recebeu não resultou na melhora dos sintomas e ele morreu após uma parada cardíaca, no dia 9 de janeiro. A Comissão afirma que nenhum novo caso da doença foi detectado desde o dia 3 de janeiro e que nenhum membro das equipes médicas foi infectado. Ainda não há provas concretas da transmissão do vírus entre humanos.
Nesta semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que um novo membro da família de vírus que causaram os surtos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars na sigla em inglês) e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) poderia ser a causa das infecções na China.
Os coronavírus são uma família de vírus que podem causar infecções que vão desde doenças simples, como resfriados comuns, até Sars e Mers. Das 41 pessoas que estavam em observação em Wuhan, duas receberam alta do hospital e as demais permanecem em condições estáveis. Outras 739 pessoas que tiveram contatos próximos com os infectados também foram liberadas.
O surto da pneumonia viral ocorre antes do feriado do Ano Novo chinês, de 25 de janeiro a 18 de fevereiro, onde um grande número dos 1,4 bilhão de chineses viaja para suas cidades de origem ou para o exterior. O governo chinês estima que 440 milhões de pessoas deverão utilizar o transporte ferroviário e 79 milhões se deslocarão em aviões comerciais.
O Ministério chinês dos Transportes afirmou que planeja ações de segurança para desinfetar trens, aviões e ônibus para prevenir uma possível disseminação da doença. Ações de desinfecção também ocorrerão em estações de passageiros, aeroportos e centrais de distribuição de cargas. Medidas de prevenção também serão adotadas em Hong Kong, Taiwan e na Coreia do Sul.
As autoridades de saúde de Wuhan pediram que a população tome as devidas precauções e disseram que continuarão com os testes para identificar a doença. A Comissão Nacional de Saúde da China informou que iria compartilhar as informações sobre a sequência do genoma do coronavírus com a OMS, para que resguardar a saúde global. Não se sabe ainda o que causou o surgimento da doença.
Em 2003, autoridades chinesas acobertaram um surto de Sars durante semanas até que um aumento no número de mortes levasse o governo a revelar a epidemia. A doença se espalhou rapidamente para outras cidades e países. Mais de 8 mil pessoas foram infectadas e 775 morreram.
RC/rtr/dpa/cp
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