
Na prisão foi descoberto um túnel e celas onde estavam guardados cerca 200 sacos cheios de terra. "Não é possível que ninguém tenha dado conta de nada em todo este tempo. Isto não é trabalho de um dia ou uma noite só", comentou a ministra paraguaia da Justiça, Cecilia Pérez, ao canal de televisão Telefuturo.

Em dezembro passado, a ministra Pérez afirmara ter informações de inteligência prisional sobre um plano de fuga ou resgate dos líderes da facção criminosa, que forneceriam uma recompensa de US$ 80 mil pela operação. A Justiça chegou a anunciar o reforço da segurança nas penitenciárias, onde já existe uma presença policial e militar, conforme a Lei de Emergência das Prisões.
A norma foi sancionada pelo presidente do país, Mario Abdo Benítez, em 8 de setembro, após vários confrontos e tumultos nas cadeias do país. Alguns dias depois, porém, escapou o chefe do Comando Vermelho no Paraguai, Jorge Samudio. À época, Benítez denunciou que havia corrupção e dinheiro envolvidos na fuga.
Diante da atual fuga, a ministra Cecilia Pérez reforçou que a luta contra o crime organizado não é apenas contra a gangue brasileira, "mas, claramente, contra toda a corrupção no interior do sistema" paraguaio, que "infelizmente, está completamente contaminado".
AV/efe,lusa/cp
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