
A ação do artista italiano também apresenta os rostos de outras personalidades, como a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, a ex-candidata presidencial dos EUA Hillary Clinton e a deputada democrata americana Alexandria Ocasio-Cortez, todas "desfiguradas" por golpes.
Outras líderes, como a birmanesa Aung San Suu Kyi e a ítalo-indiana Sonia Gandhi, presidente do Partido do Congresso Nacional Indiano, principal legenda de oposição na Índia, também aparecem na série de pôsteres. Os cartazes já estão expostos desde novembro. "Levou um pouco de tempo, mas agora o interesse pela campanha está explodindo", disse uma porta-voz de Palombo nesta quinta-feira (16/01)."Queria ilustrar o drama que afeta milhões de mulheres em todo o mundo [...] denunciar, despertar a consciência e obter uma resposta real de instituições e da política", disse o artista em comunicado.
Embaixo dos rostos feridos, em cada pôster, fala-se da situação de milhares de mulheres em todo o planeta, de todos os níveis sociais e religiões. "Sou vítima de violência doméstica, sou paga menos que os outros, sofri mutilações, não tenho o direito de me vestir como quero, não posso escolher com quem me casar, fui estuprada", diz o texto.
Conhecido por suas obras coloridas e irreverentes, para Alexsandro Palombo, 45, a arte satírica é uma forma de aumentar a conscientização e provocar reflexões sobre importantes questões sociais e culturais.
Em eventos artísticos anteriores, o italiano já havia chamado atenção para o tema da violência doméstica e da discriminação, incluindo em seus trabalhos, entre outros, estrelas de Hollywood, personagens de HQs e de contos de fadas. Entre as obras mais conhecidas estão Princesas Disney com deficiência ou Os Simpsons vão para Auschwitz.
De acordo com a porta-voz do artista, os cartazes da atual campanha permaneceram colados ao longo das ruas de Milão até que sejam encobertos por outros pôsteres.
CA/afp/dpa/dw/cp
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