Após a retirada das tomadas das celas, Estado economizou R$ 20 mil mensais com energia elétrica.Um marco das ações da Segurança Pública em 2019 foi a operação Elisson Douglas, realizada na Penitenciária Central do Estado (PCE). Setores de inteligência de todas as forças policiais de Mato Grosso apontavam que a comunicação externa e consequente orientação das ações criminosas fora do cárcere por lideranças de facção criminosa era um dos grandes problemas que precisavam ser sanados.
Dentre os gargalos, estavam o desperdício de alimentação paga pelo Estado, as tomadas dentro das celas e a circulação de dinheiro em espécie. A operação visou ainda melhorar o atendimento aos advogados e defensores públicos, impedir a entrada de celulares e drogas por meio de drones, impossibilitar comunicação externa e interna entre os raios e celas, dentre outros. Após quatro meses de operação, houve redução dos índices de criminalidade em todo Estado, especialmente os roubos que ajudam a financiar a facção criminosa, além dos golpes aplicados por meio de sites de anúncio de compra e venda, como foram apontados pelas centenas de cadernos recolhidos durante a operação iniciada no dia 12 de agosto de 2019.
Economia aos cofres públicos
A economia aos cofres públicos também foi sentida nos meses seguintes. Sem tomadas dentro das celas para ligar eletrodomésticos e celulares, a contenção média é de R$ 20 mil mensais e projeção de R$ 240 mil ao ano.
A nova direção da unidade percebeu que havia desperdício de alimentação servida pelo Estado. Por dia, cerca de 10 tambores de 200 litros com refeição em condições de consumo eram jogados no lixo ou doados para criadores de porcos.
Com as mudanças na quantidade de comida que pode ingressar na unidade, o fim dos mercadinhos paralelos das facções criminosas e o fim da circulação de dinheiro na unidade, os recuperandos passaram a consumir mais a alimentação fornecida pelo Estado. Desta forma, o desperdício caiu pela metade.
Disciplina e organização
Em agosto, durante a operação, os agentes flagraram drones sobrevoando a unidade e descendo pacotes embrulhados nas grades dos tetos dos raios 1, 2, 3, 4 e 5. Diante disso, foram instaladas telas de arame para impedir que os objetos cheguem aos reeducandos.
Débora Siqueira/Caminho Político
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