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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

"Vivendo na era da Mentira (Pós-verdade)"

Imagem relacionadaAs pessoas estão pensando cada vez menos. O que está acontecendo é que a gente acaba propagando o que nos é ofertado pela mídia. Vamos direto ao ponto. Veja um exemplo básico que acontece diariamente, as pessoas dizem que não tem tempo pra nada, e acabam perdendo horas e horas do seu precioso tempo com a Netflix e na maioria das vezes assistindo uma série chata e que não gosta, apenas pra poder discutir com outras pessoas sobre o assunto. Outro exemplo que é bastante sintomático é a busca pra comprovar o que a gente acha. A gente vai atrás de mentiras confortáveis ao invés de buscar verdades inconvenientes, ninguém gosta de verdades inconvenientes. Ninguém mais está se questionando, as pessoas em sua grande maioria não têm mais pensamentos críticos.
Quando você vê uma coisa que parece sensacional e você acredita, duvide pelo menos 10 vezes, isso mesmo. Porque provavelmente aquilo foi feito pra que as pessoas queiram acreditar naquilo. E, isso vale pra qualquer coisa, política, entretenimento, inteligência artificial, em quase tudo está acontecendo isso.
Enfim, as pessoas não querem mais a verdade, o que vale é se eu gosto ou se eu acredito e ponto.
Com frequência você vê casos políticos em vídeos onde mostra o político enchendo os bolsos de dinheiro, cometendo um ilícito, isso está ali, você está vendo, daí entra a pós-verdade colocando uma mentira no lugar e a gente não questiona, apenas assimila o conteúdo e pronto.
A gente não acredita há tempos em fotografia desde que aprendemos que ela pode ser manipulada e agora também o vídeo passa pelo mesmo problema. Hoje o vídeo não é prova determinante por conta do deepfake que é uma tecnologia que usa a inteligência artificial (AI) para criar vídeos falsos, mas realistas, de pessoas fazendo coisas que elas nunca fizeram na vida real. A técnica que permite fazer as montagens de vídeo já gerou desde conteúdos pornográficos com celebridades até discursos fictícios de políticos influentes. Circulam agora debates sobre a ética e as consequências da tecnologia, para o bem e para o mal. Assim hoje mais do que nunca a gente precisa da AI pra combater a AI. Enfim, o chamado batom na cueca não tem mais a relevância de antes, isso vai depender a quem isso vai prejudicar ou influenciar, daí o resultado sempre poderá sofrer tendências externas.
Hoje a sociedade está refém de quem pensa, de quem produz conteúdo mentiroso. Ainda acreditamos num político que vem a público e diz que não roubou, simples assim, mesmo tendo provas. E este espaço aqui serve pra sermos mais críticos e ir atrás da verdade, atrás do objetivo que se quer manipular.
Os proponentes da comunicação pós-verdade, geralmente de cunho político, apreciam as coisas não ditas. Seu blefe e arrogância são projetados não apenas para atrair a atenção do público. Esconde simultaneamente da atenção do público coisas (como crescentes desigualdades de riqueza, militarização da democracia, frases e slogans de impacto, volumes exagerados de inaugurações de obras pra desviar a atenção e coisas descabidas) que não deseja que outros notem, ou que potencialmente suscitem suspeitas sobre o estilo e a substância da natureza.
Além da política pública a pós-verdade também é encontrada nas políticas privadas, hoje são poucas as pessoas que buscam seus direitos, pois as dificuldades são tantas diante da ignorância, que passamos a acreditar em tudo a que somos submetidos. Como por exemplo, não questionamos de onde vem o Chester e o Fiesta que aparecem uma vez por ano e são campeões de vendas, onde eles ficam durante o resto do ano? Não questionamos a entrega do sinal da internet, tipo, compramos 100 mb de velocidade e recebemos bem menos e as vezes nem recebemos mas a conta chega, como o da energia elétrica que pagamos a conta de quem usa de forma clandestina ou a de um gestor que licita obras superfaturadas e ainda nem entregam como, o malfadado VLT de Cuiabá entre milhares de outras coisas. Dessa forma o público vai se misturando com o privado.
Enfim, estamos sendo manipulados em todos os instantes e de todas as direções por políticos ou grupos que tem interesses de se manter no poder ou arrancar o poder de alguém, pode se dizer que a mentira é o mal do século.
Política pós-verdade, ainda não existe um antídoto, mas fica a dica, seja crítico.
Cláudio Cordeiro, publicitário, jornalista e advogado.

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