
Poucos dias antes, o corpo do ativista Homero Gómez González, que também trabalhava na reserva, havia sido encontrado em Ocampo. Ele também tinha uma lesão na cabeça e foi afogado num poço.
Ambos os ambientalistas denunciaram o desmatamento que estava ocorrendo dentro da reserva que recebe anualmente milhões de borboletas-monarca de migram do sul do Canadá para o México.González, de 50 anos, era um ativista conhecido que lutava contra a exploração de madeira na região. Segundo seu irmão, ele foi visto pela última vez em 13 de janeiro numa celebração na comunidade ao lado do prefeito de Ocampo, Roberto Arriaga Collín, e de várias autoridades locais.
A polícia descarta que González tenha sido vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, pois cerca de 500 dólares foram encontrados junto com o corpo.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que a morte de Gonzalez é dolorosa e disse que acredita que ela estaria ligada ao crime organizado.
A exploração de madeira, tanto legal como ilegal, a mineração e agricultura, assim como o turismo são atividades presentes dentro da reserva e ameaçam o bem-estar das borboletas e a estabilidade de sua migração. Também há a presença de grupos ligados ao tráfico de drogas, que disputam as rotas de contrabando.
No ano passado, 14 ambientalistas foram assassinados no México, 11 deles eram indígenas.
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