
Estava o novo governador diante de um dilema: repete o modelo de gestão tradicional ou rompe com esse estilo e provoca uma reforma profunda, que de imediato só lhe traria enorme desgaste, em especial, com os milhares de servidores que seriam exonerados?
Dante de Oliveira escolhe o caminho mais longo, mais difícil e mais desgastante. Decide executar uma profunda reforma no aparelho estatal de Mato Grosso. Liquida o Banco do Estado (Bemat); privatiza a Cemat; extingue a Codemat; extingue a Sanemat, fecha a Aeromat; a Casemat, e a Fundação Cândido Rondon.Forammais de 20 mildemissões, algo em torno de 1/3 dos servidores.
O ambiente na capital, principal reduto do serviço público estadual, ficou muito pesado contra o governador, mas Dante tinha consciência de que havia agido como estadista e que os resultados de um novo estado seriam colhidos em uma década pela sociedade mato-grossense.
Hoje, 2020, Mato Grosso colhe os frutos de uma decisão histórica e corajosa (tem o maior PIB estadual do agronegócio brasileiro, superando o gigantesco estado de São Paulo nos últimos 2 anos, tornou-se exportador de energia e é o líder de crescimento nacional) toda revestida de um profundo convencimento de que se estava fazendo o certo, aplicando um remédio muito amargo, mas necessário para salvar um estado em decomposição.
Enquanto diminuía o tamanho do governo, o governador implantava novas e impactantes ideias, como o programa ‘E hora de investir’, o Proalmat (programa de incentivo à cultura do algodão), trazia um gasoduto da Bolívia (gás até hoje não distribuído na Capital) e a tão esperada ferrovia chegava com seus trilhos em Alto Taquari e Alto Araguaia, além da solução definitiva para a questão energética.
Mato Grosso deve muito, muito mesmo, a Dante Martins de Oliveira, um líder que soube conduzir seu estado e seu povo, com visão macro, sabendo enfrentar os desafios para a modernidade criando as bases para um novo Estado, atraente, competitivo e mais justo com sua gente.
Atravessar o ‘rubicão’ e na outra margem criar as bases para um Novo-Estado, competitivo e mais justo com sua gente, um verdadeiro ‘tigre asiático’ em terras pantaneiras. Valeu ‘Bicho’, valeu Dante!
Wilson Santos é professor e deputado estadual pelo PSDB.
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