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domingo, 15 de março de 2020

"REI DA CONFUSÃO: Apesar do coronavírus, atos pró-Bolsonaro ocorrem em várias cidades'

Bolsonaro tira selfie com apoiadores em BrasíliaManifestantes saem às ruas a favor do governo e contra Congresso e STF, ignorando pedidos de autoridades de saúde para que evitem aglomerações. Presidente deixa isolamento, participa de protesto e cumprimenta apoiadores.Brasileiros saíram às ruas em várias cidades do país neste domingo (15/03) em atos de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro,
apesar de os organizadores dos protestos terem anunciado o cancelamento dos eventos devido à propagação do novo coronavírus. Ao se aglomerar em cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, manifestantes ignoraram as recomendações de autoridades de saúde de vários estados e também da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que sejam evitados eventos com grande número de pessoas.
Bolsonaro, que durante a semana havia desaconselhado a realização dos protestos de 15 de março após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Planalto, mudou de postura neste domingo, estimulou os atos com postagens em redes sociais e até mesmo participou da manifestação em Brasília, rompendo assim o isolamento ao qual estava submetido.
O presidente deixou o Palácio da Alvorada de carro pouco depois do meio-dia, se dirigiu primeiro à Esplanada dos Ministérios, onde um ato era realizado, e depois percorreu outros pontos da capital federal. No Eixo Monumental, uma das principais vias da cidade, a comitiva de carros de Bolsonaro chegou a ser acompanhada pelos veículos que participavam de uma carreata.
Em seguida, o presidente foi até o Palácio do Planalto. Do alto da rampa, ele seguiu acompanhando a manifestação, com pessoas se aglomerando em frente ao prédio.Sem máscara, Bolsonaro então desceu para ficar mais próximo do público. Separado por grades, o presidente conversou, cumprimentou com toque e apertos de mão e tirou fotos com simpatizantes por pouco mais de uma hora.
"Não tem preço o que esse povo está fazendo. Apesar de eu ter sugerido [o adiamento por causa do coronavírus], não posso mandar, a manifestação não é minha", disse o presidente durante uma transmissão ao vivo pelo Facebook.
Manifestante com máscara em protesto em BrasíliaEle também defendeu a manifestação, que descreveu como "espontânea". "Nós, políticos, temos como mudar o destino do Brasil. Não é um movimento contra nada, é um movimento a favor do Brasil", declarou o presidente, que primeiramente havia pedido à população que participasse dos atos.
Na última quinta-feira, porém, em breve pronunciamento em rede nacional, o presidente voltou atrás, reconheceu a gravidade do coronavírus e pediu que as pessoas não saíssem às ruas – embora tenha defendido os movimentos como "legítimos" e a favor dos "interesses da nação".Na contramão de chefes de Estado e de governo de várias nações que recomendam à população que fique em casa, Bolsonaro passou a estimular os atos na manhã deste domingo, ao compartilhar diversos vídeos e fotos das manifestações pelo país, em capitais como Belém, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro e Maceió, além de cidades do interior.Em Brasília, apoiadores do presidente foram aos protestos mesmo após um decreto do governo do Distrito Federal ter proibido eventos que reunissem público superior a 100 pessoas.
Com roupas e bandeiras verdes e amarelas, além de cartazes com frases contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), os manifestantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios até o gramado em frente ao Congresso Nacional. Eles foram seguidos por uma carreata. A Polícia Militar do Distrito Federal não estimou o número de participantes.
Na cidade do Rio, o protesto ocorreu na Orla de Copacabana e reuniu milhares de pessoas, segundo a imprensa brasileira. Faixas traziam frases de apoio a Bolsonaro e ao ministro da Justiça, Sergio Moro, bem como contrárias ao Congresso e ao STF. "Fora Rodrigo Maia e companhia", dizia um dos cartazes, mencionando o presidente da Câmara.
Outro alvo dos manifestantes foi o governador do Rio, Wilson Witzel, que durante a semana também publicou um decreto proibindo eventos com grandes aglomerações no estado.
Em Copacabana, faixa protesta contra o Legislativo e o JudiciárioEm São Paulo, manifestantes ocuparam os dois sentidos da Avenida Paulista, num trecho em frente ao Masp, durante a tarde. Bandeiras e roupas verdes e amarelas também davam o tom do ato. Também houve protestos em cidades do interior do estado, como Campinas, Mogi das Cruzes, Jundiaí, Ribeirão Preto, Bauru, Laranjal Paulista, Piracicaba e Araçatuba.
Polêmicas em torno dos protestos
As manifestações deste 15 de março geraram uma crise entre os Poderes em fevereiro, quando a imprensa brasileira revelou que Bolsonaro compartilhou no Whatsapp um vídeo que convocava a população a participar dos atos.
Como o movimento faz críticas ao Legislativo e ao Judiciário, o caso gerou uma onda de condenações por parte de líderes políticos de várias correntes e partidos, bem como de ministros do STF.
Os atos foram convocados por defensores do governo – inicialmente em apoio aos militares e contra o Congresso – após declarações do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que em fevereiro fez graves críticas aos parlamentares, chamando-os de "chantagistas".
Quando a imprensa revelou que Bolsonaro teria compartilhado mensagens chamando para as manifestações, o presidente tentou minimizar a polêmica, afirmando que, no Whatsapp, ele possui "algumas dezenas de amigos" com os quais troca "mensagens de cunho pessoal".
Não bastou para impedir a série de declarações de indignação que se sucedeu. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou à época que "criar tensão institucional não ajuda o país a evoluir". Celso de Mello, do STF, disse que Bolsonaro não estaria "à altura do altíssimo cargo".
Especialistas declararam que a atitude de convocar para um ato contrário ao Congresso poderia constituir crime de responsabilidade, passível de impeachment.
Manifestantes protestam no Rio de Janeiro a favor do governoCoronavírus
Desde que o Sars-Cov-2 surgiu pela primeira vez em dezembro, mas de 156 mil casos foram registrados em mais de 130 países e territórios, com o número de mortos superando 5.800. Vários países estão tomando medidas restritivas, como quarentenas, cancelamento de eventos e fechamento de fronteiras e comércio para tentar conter o surto.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 176 casos até este domingo, em 15 estados. A maioria está em São Paulo, onde há 112 infecções confirmadas. Em São Paulo e no Rio, há registro de transmissão comunitária, ou seja, quando pessoas contraem o vírus sem ter viajado a zonas de risco ou ter vínculo com outro caso confirmado.
Na última quinta-feira, foi confirmado que o secretário de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, contraiu o vírus. Ele esteve com Bolsonaro durante uma viagem aos Estados Unidos na semana passada. Outros integrantes da comitiva e autoridades que se encontraram com o presidente na Flórida também testaram positivo.
Bolsonaro realizou exames e, na sexta-feira, afirmou que seu resultado deu negativo, culminando num episódio de informações desencontradas – momentos antes, a emissora americana Fox News havia divulgado que o brasileiro estaria contaminado, afirmando que recebera a informação de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.
Neste sábado, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou à TV Globo que recomendou ao presidente que faça um novo exame. Segundo o protocolo, um segundo teste deve ser realizado em sete dias, mas pode ser adiantado se houver sintomas.
EK/abr/ots/cp

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