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terça-feira, 28 de abril de 2020

"Opinião pública está dividida sobre impeachment de Bolsonaro, diz Datafolha"

Parcela maior da população passou a apoiar a renúncia de Bolsonaro, afirma DatafolhaPesquisa revela que uma parcela maior da população passou a defender a renúncia do presidente. Avaliação de Bolsonaro se mantém estável, mas, após troca de acusações entre ele Moro, maioria diz acreditar no ex-ministro. Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta segunda-feira (27/04) destaca uma divisão na opinião pública sobre um eventual processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, mas também revela que uma parcela maior da população passou a apoiar a renúncia do presidente. Segundo o levantamento, 45% dos entrevistados defendem a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro na Câmara dos Deputados, enquanto 48% são contra e 6% não souberam opinar.
A renúncia de Bolsonaro – em meio ao impacto da saída do ex-juiz Sergio Moro do Ministério da Justiça e à atuação do presidente na crise gerada pela pandemia de covid-19 – é desejada por 46% dos entrevistados, enquanto 50% a rejeitam. No levantamento anterior, realizado no início de abril, 59% eram contrários à renúncia e 37% a defendiam.
A avaliação geral de Bolsonaro se manteve relativamente estável: 38% o consideram ruim ou péssimo; 33% como bom ou ótimo e 25% como regular. No último levantamento feito pelo Datafolha sobre esse tema, em dezembro, esses percentuais eram, respectivamente, 36%, 30% e 32%.
Após a troca de acusações entre Bolsonaro e Moro na ocasião da renúncia do então ministro da Justiça, na última sexta-feira, a maior parte dos entrevistados se manifestou favoravelmente ao ex-juiz da operação Lava Jato: 52% avaliam que quem falou a verdade foi Moro, contra 20% que dizem acreditar no presidente.
Outros 6% disseram não acreditar em nenhum dos dois, e 3% consideram que ambos estão corretos em suas afirmações. O Datafolha afirma que 89% dos entrevistados tinham conhecimento da saída de Moro do governo.
Ao deixar o cargo, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal (PF), o que teria culminado na exoneração do diretor-geral da corporação, Maurício Leite Valeixo, indicado ao cargo pelo ex-ministro.
Por sua vez, o presidente afirmou que Moro teria forçado uma negociação em torno de uma futura indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) para que pudesse aceitar a demissão de Valeixo. Ambos negam as acusações. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu autorização ao STF para abrir um inquérito sobre as alegações feitas pelo ex-ministro.
Segundo a pesquisa, 56% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro teria tentado interferir na PF, contra 28% que afirmam o contrário. Outros 4% não concordam com nenhuma das afirmações e 12% disseram não ter conhecimento.
O Datafolha entrevistou por telefone 1.503 pessoas em todos os estados brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.
RC/ots/cp

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