Estudo publicado na revista "Nature" afirma que antiviral diminuiu presença do vírus e evitou doença pulmonar em cobaias. Droga é uma das principais esperanças na luta contra a nova doença. O antiviral remdesivir, produzido pela farmacêutica Gilead, diminuiu a carga viral e preveniu doenças pulmonares em primatas infectados com o coronavírus Sars-Cov-2, de acordo com um estudo publicado na revista científica Nature nesta terça-feira (09/06). O resultado foi inicialmente relatado como estudo prévio no mês de abril pelos Institutos Nacionais de Saúde (NHI) dos Estados Unidos, antes de receber a validação acadêmica fornecida por um jornal médico. O remdesivir é o primeiro medicamento a demonstrar alguma eficácia no tratamento contra a covid-19 em testes feitos com humanos. Exames clínicos envolvendo o fármaco vêm sendo acompanhados com atenção em meio à pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 7,2 milhões de pessoas em todo o mundo e provocou mais de 411 mil mortes.
No estudo publicado nesta terça-feira, 12 macacos rhesus foram infectados com o vírus Sars-Cov-2. Metade recebeu doses do remdesivir ainda na fase inicial da doença. Os primatas que foram medicados não demonstraram sintomas de doença respiratória e tiveram danos reduzidos no pulmão.
Os autores afirmaram ainda que a carga viral nos pulmões dos animais medicados era mais baixa. O resultado apoia o uso do remdesivir para o tratamento da covid-19 o mais cedo possível, para ajudar a prevenir a progressão da infecção para pneumonia nos pacientes.
Em um teste clínico realizado nos Estados Unidos no final de abril, o remdesivir reduziu a duração das internações em hospitais em 31%, o equivalente a quatro dias, em comparação com o placebo.
Na semana passada, a Gilead divulgou dados de seus próprios testes com o medicamento, segundo os quais os pacientes em nível moderado de infecção por covid-19 apresentaram melhoras modestas durante os cinco dias de tratamento.
O remdesivir foi aprovado no Japão no mês passado e vem sendo utilizado nos Estados Unidos, na Índia e na Coreia do Sul para o tratamento de emergência em pacientes em estágios avançados da doença. Algumas nações europeias também avaliam o uso da droga.
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