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terça-feira, 9 de junho de 2020

"O treinamento paramilitar de neonazistas alemães na Rússia"

Marine Le Pen sentada à mesa com o presidente russo Vladimir PutinReportagem revelou que extremistas de direita da Alemanha estão sendo treinados para o uso de armas e explosivos e para combates corpo a corpo em campo operado por movimento russo de supremacistas brancos.Uma reportagem da revista alemã Focus revelou na semana passada, com base em fontes de inteligência, que extremistas de direita alemães estão recebendo treinamento paramilitar na Rússia, em local próximo a São Petersburgo. Membros da ala juvenil do Partido Nacional Democrático da Alemanha (NPD), uma legenda de extrema direita que abriga vários neonazistas, bem como da sigla extremista Terceira Via, teriam concluído o treinamento. Segundo a Focus, os militantes são treinados para o uso de armas e explosivos e também para combates corpo a corpo. Suecos e finlandeses também estariam entre os participantes. Eles se juntariam posteriormente às milícias russas ativas no leste da Ucrânia.
A reportagem relata que o campo de treinamento, chamado "Partizan" ou "Rezerv", é operado pelo chamado Movimento Imperial Russo, um grupo de extremistas de direita que afirma lutar pela "supremacia da raça branca".
A DW elaborou perguntas e respostas para ajudar a entender o caso:
Que tipo de campo os extremistas de direita supostamente visitam na Rússia?
Participar de treinamento paramilitar é legal na Rússia, e ocorre sob o guarda-chuva protetor da Sociedade Voluntária para Assistência ao Exército, Aeronáutica e Marinha (DOSAAF), organização cuja fundação remonta à União Soviética.
Cabeça de homem com tatuagem em que se lê Skinhead O treinamento do qual os alemães participam é dado por um clube que aparece sob dois nomes diferentes: "Rezerv" ou "Partizan". As aulas acontecem em uma instalação militar nos arredores de São Petersburgo.
Até 2018, o Partizan e seus membros estavam listados no site da prefeitura de São Petersburgo como um grupo de vigilantes no distrito de Vyborg. "Isso foi antes da minha posse", respondeu um representante do distrito à DW, quando questionado sobre o assunto.
Conversando com jornalistas locais em 2017, um dos organizadores do campo confirmou que o centro também oferecia treinamento para estrangeiros, "incluindo alemães". Hoje, o centro anuncia cursos on-line e off-line, incluindo aulas sobre manuseio de armas e "topografia militar".
Quem realiza o treinamento paramilitar?
O centro de treinamento e os organizadores do clube têm laços muito estreitos com os extremistas cristãos ortodoxos da Rússia. O presidente do clube e fundador do centro é Denis Gariev, que também é uma das figuras-chave do Movimento Imperial Russo, ou RIM, designado como organização terrorista pelos Estados Unidos em abril deste ano.
Segundo seu próprio relato, o Movimento Imperial Russo é uma organização monarquista "ortodoxo-patriótica", "conservadora de direita", que luta pela "supremacia branca". O RIM não é considerado um grupo terrorista na Rússia. No entanto, o Ministério da Justiça do país classificou o site da organização e vários de seus artigos on-line como extremistas.
Embora o site do RIM esteja temporariamente inacessível, seus canais de mídia social no Telegram e no VK (rede social com sede na Rússia) seguem em operação. As declarações postadas ali deixam claro que o movimento compartilha pontos de vista explicitamente racistas.
Os protestos mundiais após a morte do afro-americano George Floyd, sob o slogan Black Lives Matter (Vidas negras importam), são chamados de "inferno", com manifestantes "adorando um ídolo negro".
Já a disseminação do coronavírus é retratada como uma conspiração internacional. O grupo também afirma que a salvação da Rússia será o "renascimento" da monarquia cristã ortodoxa, que, se necessário, deve ser restabelecida à força, "porque um cristão ortodoxo também é sempre um lutador".O que se sabe sobre os participantes?
Segundo a revista Focus, alguns homens são membros dos Jovens Nacionalistas, a ala juvenil do NPD, o mais antigo partido extremista de direita da Alemanha. Como a ala juvenil tem apenas 280 membros, permanece politicamente insignificante, embora seus participantes sejam bastante ativos quando se trata de ação pública. O grupo realizou campanhas de proteção ambiental, por exemplo, na tentativa de conquistar jovens apoiadores.
Outros participantes do treinamento paramilitar na Rússia seriam membros da Terceira Via (Der Dritte Weg), um dos partidos políticos mais radicais da Alemanha. Segundo a agência de inteligência doméstica alemã, a BfV, o grupo promove uma ideologia nacionalista e racista, influenciada pelo nazismo, e rejeita a democracia.
Como as autoridades alemãs reagiram?
O governo alemão não se manifestou até o momento. Um porta-voz do Ministério do Interior disse estar familiarizado com o assunto, mas que não havia informações específicas sobre indivíduos suspeitos de receber treinamento no campo paramilitar.
Extremistas de direita que conduzem práticas de tiro ao alvo e exercícios esportivos paramilitares no exterior continuam a ser uma preocupação para oficiais do governo alemão. Em 2019, o governo declarou, em resposta a uma investigação do partido A Esquerda, que por muitos anos os neonazistas alemães vinham buscando uma cooperação estreita com extremistas de direita no exterior.
Devido à propensão dos extremistas ao armamento, as autoridades dizem que permanecem em contato com os serviços de inteligência dos países envolvidos.
Populistas de direita na Rússia
Há poucos anos, a Rússia serviu como ponto de encontro para populistas de direita e radicais de toda a Europa. Em 2015, São Petersburgo sediou o "Fórum Conservador Internacional da Rússia". Os participantes incluíam o ex-presidente do NPD Udo Voigt, bem como representantes dos partidos italianos de extrema direita Liga e Força Nova, e do neofascista Aurora Dourada, da Grécia.
Em 2017, representantes do populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), liderados pela então líder Frauke Petry, visitaram Moscou. A delegação reuniu-se com dois legisladores do partido governante Rússia Unida e representantes do Partido Liberal Democrata da Rússia, liderado pelo populista de direita Vladimir Zhirinovsky.
Também em 2017, pouco antes das eleições presidenciais na França, Marine Le Pen – então líder da Frente Nacional, de extrema direita – visitou o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. Le Pen defendeu laços mais estreitos com a Rússia e criticou as sanções da União Europeia contra o país. A Frente Nacional ainda tomou um empréstimo de 9 milhões de euros de um banco russo.
Hans Pfeifer, Mikhail Bushuev, Vladimir Esipov/Caminho Político

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