
Beuth admitiu que em três casos os detalhes de contato podem ter sido obtidos nos computadores da polícia. Os dados das vítimas foram acessados em três diferentes computadores da corporação em delegacias de duas cidades. Na maioria dos outros casos, as informações utilizadas pelos extremistas de direita são públicas.
Ainda segundo o secretário, as ameaças foram enviadas quase sempre pelo mesmo endereço de e-mail, mas também por fax e mensagem de texto de celular.
Quando o caso foi revelado no início do mês, Beuth declarou que não podia descartar a possibilidade da existência de uma rede de extrema direita dentro da polícia estadual. Nesta terça, o secretário relativizou a declaração e disse que até agora "não há provas" da existência desta rede. Ele acrescentou que a corporação está trabalhando para identificar o remetente e "restaurar sua integridade".
O escândalo levou a demissão do então chefe da polícia de Hessen, Udo Münch, após a revelação de que dados sobre a líder do partido A Esquerda Janine Wissler foram acessados de computadores da corporação.
Além de Wissler, entre os destinatários da atual série de e-mails estão a advogada Seda Basay-Yildiz e a satirista Idil Baydar, assim como as redações de meios de comunicação. Wissler e Baydar já haviam sido ameaçadas anteriormente.
Um inquérito foi aberto para esclarecer o caso. De acordo com Beuth, 13 funcionários públicos que teriam ligações com a extrema direita teriam sido identificados, mas nenhum deles atua mais na polícia. O chefe da Promotoria de Frankfurt, Albrecht Schreiber, disse que as investigações são complexas e até agora 30 testemunhas foram ouvidas.
Pelo menos desde 2018, mensagens contendo ameaças de violência e morte têm sido enviadas a políticos, celebridades e organizações judaicas da Alemanha.
CN/afp/dpa/ots/cp
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