
Normalmente, dezenas de milhares de pessoas participam das cerimônias anuais, mas este ano, cerca de 50 pessoas – a maioria dos líderes locais e parentes das vítimas – participaram, com cadeiras colocadas de forma distanciada.

Mais nove vítimas homenageadas
Em 11 de julho de 1995, forças militares e paramilitares sérvias da Bósnia invadiram a cidade de Srebrenica, no leste da Bósnia e, em poucos dias, mataram cerca de 8 mil homens e meninos muçulmanos.
Até agora, os restos de quase 6.900 vítimas foram encontrados e identificados após serem retirados de mais de 80 valas comuns. Todos os anos, mais corpos são identificados e sepultados.
Em seguida à cerimônia da manhã de sábado, os restos mortais de nove vítimas recuperadas e identificadas no último ano foram sepultados em uma cerimônia funeral no Cemitério Memorial de Potocari, um vilarejo nos arredores de Srebrenica onde forças da ONU tinham uma base na época do conflito.
O ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic e o chefe militar sérvio-bósnio Ratko Mladic foram responsabilizados pelo genocídio pelo Tribunal de Crimes de Guerra da ONU para a Ex-Iugoslávia e condenados à prisão perpétua.

O ministro do Exterior da Alemanha, Heiko Maas, disse que esse massacre jamais deve se repetir. "Concordamos que Srebrenica jamais deve se repetir", disse Maas em comunicado, acrescentando que Srebrenica representa como nenhum outro local as atrocidades e crimes contra a humanidade cometidos nos países da ex-Iugoslávia nos anos 90.
Ele destacou que o massacre ocorreu "no final do século 20, no meio da Europa, quase sob os olhos do público mundial". Maas enfatizando ser necessário "nos opor às tendências nacionalistas onde quer que as encontremos".
"Lembrar o sofrimento e a dor é um elemento essencial da reconciliação. Da mesma forma, aceitar os eventos sob o direito penal também faz parte desse processo", disse o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, em sua mensagem em vídeo feita para a cerimônia, ressaltando que só isso não basta.
"Novas pontes devem ser construídas onde as antigas foram destruídas. Construir a confiança, onde a retórica de guerra odiosa provocou ódio. Buscar o diálogo onde nenhuma palavra é dita há muito tempo", afirmou o chefe de Estado alemão.
MD/afp/dpa/cp
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