Demitido da CNN Brasil nesta sexta (10), por um comentário sobre doação de sangue por homossexuais feito na quarta (8), o jornalista e escritor Leandro Narloch criticou o que chamou de "cultura do cancelamento". "Me preocupa o clima da sociedade hoje, em que é impossível discordar até mesmo de termos ou terminologias sem causar histeria, sem que o outro lado seja considerado um monstro que precisa ser banido", postou o jornalista, salientando que tem "horror a homofobia" e que concordou "explicitamente com a doação de sangue por homossexuais".
O comentário que teria gerado a rescisão de contrato foi sobre o fim da restrição de doação de sangue por homossexuais do sexo masculino pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou o impedimento discriminatório.
Narloch afirmou que "a mudança na verdade é pequena” porque “ela vai restringir mais a conduta e não a opção sexual do indivíduo”. Narloch disse ainda que “os homens gays têm uma chance muito maior de ter Aids”.
O colunista do UOL Fefito afirmou que o comentário de Narloch "gerou indignação por usar termos como 'opção sexual', restringir a contaminação por HIV à população homossexual e associá-la a promiscuidade".
Sem informar o motivo, a CNN Brasil confirmou em nota a rescisão de contrato dde Narloch. "A empresa agradece pelos serviços prestados no período em que ele fez parte de nossa equipe de analistas e deseja sucesso no seguimento da carreira."
Na postagem em que comenta a rescisão de seu contrato com a emissora, Narloch informou que pretende organizar um "curso contra a cultura do cancelamento" e uma "frente para preservar a diversidade ideológica e a liberdade do debate".
Redação/PI/Caminho Político
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