A manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao texto que permitia que a União, estados e municípios concedessem reajustes salariais ao funcionalismo é uma vitória da racionalidade e da responsabilidade. A avaliação foi feita pelo deputado federal Nelson Barbudo (PSL-MT), um dos 316 parlamentares que votaram pela manutenção do veto. Estimativas apontam que, se o texto fosse restabelecido, ocorreria um rombo nas contas públicas da ordem de R$ 120 bilhões.
“Estamos vivendo um momento dramático, com a perda de milhares de vidas e com uma forte retração da economia. É preciso ter responsabilidade. Não é o momento de concedermos reajustes salariais enquanto que pessoas e empresas precisam ser salvas”, afirmou o deputado, que lembrou que a manutenção do veto se deve ao trabalho dos deputados, uma vez que no Senado ele foi derrubado.
O deputado salientou que o orçamento público possui um limite e que, ao contrário do que se pensa, a derrubada do veto não melhoraria a vida dos servidores. “Na verdade, iria trazer uma instabilidade enorme para o Brasil, que já vem de anos de desgoverno que resultaram em um alto desemprego. Precisamos de seriedade e comprometimento para a retomada que está por vir”.
Barbudo destacou também que além de milhões de desempregados, a pandemia acabou impactando negativamente na renda de pelo menos 9 milhões de trabalhadores. “Todos estão fazendo sacrifícios para seguirem em frente e os servidores podem ajudar também. Manter o veto não muda em nada nossa visão de que estes trabalhadores são importantíssimos para o Brasil”.
Com o veto mantido, reajustes e progressões funcionais de servidores das três esferas da administração pública ficam proibidos até 31 de dezembro de 2021. Enquanto 316 deputados votaram pela manutenção do veto, 165 defendiam a derrubada e 2 parlamentares se abstiveram do voto.
Assesoria/Caminho Político
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