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terça-feira, 18 de agosto de 2020

"Sob vaias, Lukashenko diz que só haverá nova eleição se o matarem"

Lukashenko em meio a multidão de trabalhadoresEm visita a fábrica, presidente de Belarus é recebido por trabalhadores com gritos de "Fora!" e afirma que não cederá à pressão pública. Mas diz que aceitaria compartilhar o poder se houver mudanças na Constituição.Operários de uma fábrica estatal em Belarus confrontaram nesta segunda-feira (17/08) o presidente Alexander Lukashenko com vaias e gritos de "Fora!", durante uma visita do líder bielorrusso ao local. Em todo o país, aumenta a pressão sobre o chefe de Estados, no poder desde 1994. No nono dia consecutivo de protestos em massa contra o governo, o presidente voou de helicóptero até a fábrica de veículos pesados MZKT, em Minsk, em busca de apoio, mas foi recebido por trabalhadores indignados que gritavam "Vá embora!".
Tal cena seria impensável antes da eleição presidencial de 9 de agosto, que fez eclodir uma onda de protestos no país do Leste Europeu e, pela primeira vez em 26 anos, ameaçou o poder de Lukashenko, conhecido como "o último ditador da Europa".
O pleito garantiu oficialmente um sexto mandato consecutivo para o autoritário presidente, mas o resultado – divulgado pela comissão eleitoral do país, controlada por seu governo – é contestado pela oposição, segundo a qual a eleição foi fraudulenta.
Apesar de dura repressão policial aos protestos que se seguiram, deixando centenas de feridos, pelo menos dois mortos e quase 7 mil detidos, os atos têm crescido e se tornaram o maior movimento antigoverno desde que Lukashenko assumiu o poder, há mais de um quarto de século.
Lukashenko fala a operários de fábrica em MinskEle vem rejeitando as exigências da oposição de novas eleições presidenciais e, no discurso na fábrica em Minsk nesta segunda-feira, afirmou que teria de ser morto antes que um novo pleito fosse realizado no país.
"Vocês estão falando de eleições injustas e querem eleições justas?", perguntou a uma multidão de trabalhadores, que, sem titubear, gritaram "Sim!" em resposta. "Estou respondendo a sua pergunta: já tivemos eleições. Até que vocês me matem, não haverá outras eleições", rebateu.
Segundo transcrição publicada pela imprensa local, ele igualmente enfatizou que nunca cederá à pressão pública: "Ninguém deve jamais esperar me pressionar a fazer qualquer coisa."Lukashenko admitiu, porém, que estaria disposto a abrir mão de parte de seu poder se houver mudanças na Constituição, "mas isso não acontecerá sob pressão ou por meio de protestos na rua". Ele sugeriu que tais emendas à lei poderiam ser submetidas a um referendo com contribuição da oposição política.
O líder bielorrusso acabou encerrando abruptamente seu discurso, enquanto os trabalhadores insistiam em gritos de "Fora!", como mostram vídeos da cena. O slogan, um apelo à renúncia de Lukashenko, tornou-se um grito de guerra para os manifestante em todo o país.
Com a fala abafada pelos opositores na fábrica, o presidente disse, antes de deixar o palco: "Obrigado, eu já disse tudo. Agora vocês podem gritar 'Fora'." Mais tarde, quando respondia a perguntas individuais dos trabalhadores, Lukashenko recuou um pouco mais e disse que uma nova eleição até seria possível, desde que o mencionado referendo constitucional seja conduzido primeiro.
"Nos termos da nova Constituição, podemos realizar eleições se vocês quiserem, para o Parlamento, para presidente, para prefeitos", sugeriu, em pé no meio à multidão e cercado por seguranças, como mostra o vídeo divulgado pela televisão estatal.
Protesto antigoverno em BelarusContudo parece pouco provável que a oposição bielorrussa, que vem lotando as ruas do país nos últimos dias, simplesmente confie na promessa vaga do presidente. No domingo, dezenas de milhares saíram às ruas em Minsk, num protesto considerado o maior da história de Belarus. Além dos protestos em massa, houve greves em fábricas de todo o país nesta segunda-feira.A oposição alega que as autoridades fraudaram os resultados da eleição para dar a Lukashenko uma vitória esmagadora, com mais de 80% dos votos. Muitos duvidam desse resultado, dado o número de insatisfeitos com o governo, como se observa agora nas ruas.
O caso também gerou preocupação internacional. A União Europeia (UE) condenou a repressão policial contra manifestantes como "inaceitável" e deu luz verde à imposição de sanções contra autoridades bielorrussas
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, convidou os chefes de governo e de Estado dos 27 países-membros da UE a uma reunião extraordinária por vídeo na próxima quarta-feira, para debater a situação do país.
"O povo de Belarus tem o direito de decidir sobre seu futuro e eleger livremente seu líder", escreveu Michel no Twitter nesta segunda-feira, reiterando que a eleição de 9 de agosto não foi "nem livre nem justa".
Intervenção russa
A República Tcheca, por sua vez, expressou temores de uma intervenção russa no país vizinho. O ministro tcheco do Exterior, Tomás Petricek, instou a União Europeia a mandar um sinal claro ao governo em Moscou de que qualquer envolvimento militar na antiga república soviética não será tolerado.
No domingo, em meio à revolta popular em Belarus, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou a intenção de fornecer à nação vizinha a "assistência necessária" em segurança. A oferta de ajuda foi feita por Putin ao próprio presidente bielorrusso em conversa por telefone, informou o Kremlin em comunicado.
"A Rússia confirmou sua prontidão em fornecer a assistência necessária para resolver os problemas com base nos princípios do tratado da União de Estados e também, se necessário, através da Organização do Tratado de Segurança Coletiva."
No telefonema, os dois líderes teriam debatido a situação política em Belarus após as eleições presidenciais, "incluindo a pressão exercida sobre o país a partir do exterior", diz a nota, sem especificar a qual país ou entidade estaria se referindo.
Também no domingo, Lukashenko se disse preocupado com exercícios militares da Otan nas vizinhas Polônia e Lituânia, lançando acusações de que a aliança militar estaria enviando tanques e aviões para a fronteira oeste de Belarus, o que a organização negou.
EK/dpa/afp/ap/rtr/ots/cp
Caminho Politico

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