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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

"MEIO AMBIENTE: “Fome cinzenta” e ‘decoada’ ameaçam a vida de animais e peixes no Pantanal"

Em quadro de desidratação e desnutrição, animais estão desorientados, buscando alimentação e água, segundo observou o senador Wellington.
Os incêndios florestais que afetam rigorosamente o Pantanal este ano trará consequências ainda mais graves para a vida na região, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Um deles, já de imediato, é a ‘fome cinzenta’. O alerta foi feito ao senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da Comissão Externa Temporária do Pantanal, pela médica veterinária Carla Sassi, que integra uma das equipes de resgate de animais feridos pelos incêndios.
Fagundes esteve nesta quinta-feira, 24, acompanhando o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em inspeção ‘in loco’ as regiões mais atingidas pelo fogo. Ele passou praticamente todo o dia conversando com técnicos, especialistas e com equipes operacionais que trabalham intensamente para combater os incêndios.
Os animais que não foram vítimas dos incêndios florestais, de acordo com a médica veterinária do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAS), estão enfrentando dificuldades para encontrar comida e água. “Muitos em quadro de desidratação e desnutrição, estão desorientados, buscando alimentação e água” – ela explicou. Para tentar reverter a situação, foram instalados 80 cochos de água e comida ao longo de 145 quilômetros da Transpantaneira.
O trabalho, segundo relatou a médica, conta com a ajuda de voluntários, que abastecem esses pontos e que garantem subsistência mínima aos animais. “A logística é muito complicada. Tudo é muito longe. Praticamente não tem internet. O trabalho começa cedo, mas não tem hora para parar” – ela enfatizou.
O outro fenômeno que deverá trazer consequências duras ao Pantanal é a ‘decoada’, que prevê a mortandade de peixes em função da deterioração da qualidade da água dos rios e lagoas marginais. Com os incêndios florestais recordes na história da região, a tendência é que a água se torne escura, com muita matéria orgânica e falta total de oxigênio dissolvido. O pH também deverá baixar consideravelmente.
Além disso, o dióxido de carbono livre, gás importante para a respiração dos peixes, deverá aumentar consideravelmente. Em 2011, quando após incêndios relevantes no Pantanal, o CO² teve seus valores aumentados em torno de 10 vezes. Sob altas temperaturas, segundo estudos, essas alterações provocaram a morte e agonia de várias espécies de peixes e arraias, os quais encontravam-se na superfície da água em busca do oxigênio, na interface água-ar. A ‘decoada’ deverá ser registrada com o período mais intenso das chuvas.
“É um quadro desolador, extremamente grave, de muita tristeza” – avaliou o senador Wellington Fagundes, que acompanhou o trabalho das equipes e colheu informações que, segundo ele, ajudarão a subsidiar melhor as ações emergenciais, necessárias neste momento.
Para Wellington, os incêndios florestais chegaram ao nível recorde no Pantanal causando um prejuízo incalculável para o bioma, que é um Patrimônio da Humanidade. “Por isso, é preciso, infelizmente, reconhecer que a situação registrada mostra que se perdeu o controle. Ficou muito claro que faltou planejamento e que as decisões foram tardias” – frisou. Segundo o senador, “se não houver assistência pessoal, de ir lá orientar com técnica, com pesquisa, com cientistas, o Pantanal poderá acabar. E não é isso que a gente quer”.
Equipes de reforço
Apesar da redução na ordem de 80% no número de focos de incêndios comparado à semana anterior, o Pantanal registra o número mensal mais alto de focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro até quarta-feira,23, o dado mais recente. O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando houve 5.993 focos de incêndio no bioma.
Somente no Parque Estadual Encontro das Águas, que abriga grande concentração de onças-pintadas, a destruição alcançou 85% dos cerca de 108 mil hectares, segundo cálculos do Instituto Centro de Vida, que monitora queimadas no País. Fundamental para a preservação do felino, a área atrai milhares de turistas ao Pantanal todos os anos.
Um grupo de 40 militares do Distrito Federal, Goiás, Pará e do Paraná se juntaram na quinta-feira às equipes que já atuam há mais de um mês na região. Foi levado mais um helicóptero para ser usado no transporte de tropa para áreas de difícil acesso.
Da assessoria/Caminho Político
Fotos: Assessoria
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