Mulher com look perfeito, maquiagem perfeita, penteados perfeitos, produção perfeita. Normalmente era a fórmula perfeita das capas das revistas femininas - símbolo de sucesso era trazer na capa a famosa mais perfeita para falar de moda, cuidados com o corpo, a beleza. Impunha às redações uma verdadeira disputa pela famosa mais bela – ou mais “em alta” (e a agenda para marcar o ensaio fotográfico), pelo biquíni mais incrível, pelo produtor e fotógrafo exigido pela celebridade. Tudo para ficar perfeito e render um passo a passo de como ser perfeita na vida real.
Só que de uns meses para cá parece que experiências “fora da caixinha” mostram que grandes nomes das artes e das ciências estão tomando lugar desta “fórmula batida”.
Gilberto Gil está na capa de retorno da ELLE Brasil na versão impressa. Rita Lee está na capa de CLÁUDIA, depois de Laura Cardoso, Elza Soares e Zezé Motta.
A voz da experiência, o registro da história destas vidas que, como pessoas públicas, reforçam o papel do jornalismo de revista para documentar a própria história do país.
Vida longa a estas ideias de estampar na área nobre dos magazines histórias de vida que não se resumem a ter um corpo perfeito, um treino matador para ter corpo perfeito, um passo a passo de make perfeita… Afinal, gente como a gente faz muito mais sentido em tempos de pandemia, isolamento social, não é mesmo?
Fernanda Iarossi é jornalista, Mestre em Comunicação Midiática pela UNESP – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Neto. Professora nos cursos de Comunicação da UAM – Universidade Anhembi Morumbi e Fapcom – Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação e em São Paulo. Coordenada o Grupo de Pesquisa Discursos Midiáticos na Fapcom.
Fernanda Iarossi/Caminho Político
Foto: Reprodução instagram
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