Prefeitura Municipal de Tangará da Serra

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O MATOGROSSO

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Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)

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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

"Hoje, morre a dor e nasce a esperança!

A Lei Complementar nº 654/2020 entrou em vigência neste momento extremamente crítico, em que toda a humanidade esta vivenciando o medo, desemprego, mortes, doenças, ocasionadas pela pandemia de COVID-19. No Brasil tivemos 143.243 mortos pelo Covid-19, desde o mês de março de 2020 até o presente momento. No mundo mais de 1 milhão de pessoas morreram contaminadas pelo coronavírus.
É desoladora a situação vivenciada pelos aposentados e pensionista de Mato Grosso, especialmente da área da educação, em que muitos professores se endividaram com os consignados descontados nas folhas de pagamento, o que aperta e sufoca ainda mais as condições de sobrevivência dessa classe de servidores públicos que dedicaram sua vida e sua jovialidade na prestação de serviços ao Estado de Mato Grosso.
É assim que o governo de Mato Grosso trata ou maltrata seus aposentados e pensionistas, massacrando e extraindo sangue, ou o que restou da carne nos ossos já destruída e desnutrida.
O idoso precisa de cuidados redobrados com a saúde, e, sem o dinheiro para compra de remédios, alimentação adequada e até mesmo o plano de saúde para que tivesse qualidade de vida na velhice, foi lhe expropriado o direito de viver com dignidade pelo governo.
Existem várias formas de condenar uma pessoa à morte, sendo uma delas o descaso, a desídia e o abandono solitário pelos que detém o poder, e que deveriam cuidar e proteger aquele servidor fiel e responsável com as suas atribuições.
O servidor público aposentado que esteve exercendo com zelo e compromisso os deveres de servidor ético com as coisas do órgão público que serviu bravamente, deveria ser reconhecido pelos seus gestores públicos, pelo seu Estado.
Mas, qual não foi a surpresa ao se deparar com o salário a menor no mês de junho de 2020, faltavam na sua conta salário cerca de aproximadamente R$ 600,00, R$ 1000,00, R$ 1.200,00 .Desconhecia, pois não fora comunicado previamente pelo seu órgão estatal, ou mesmo pelo poder executivo a quem compete fazer os avisos importantes para seus servidores públicos.
Como não se entristecer ao ter conhecimento de que o banco no qual lhe faz o pagamento dos salários não errou no valor de seu salário?
Como não deixar escorrer teimosamente lágrimas nos olhos, pois que no seu holerite que tirou o extrato pela internet não estavam faltando cifras, nem numerários?
O que foi explicado pelo banco, é que lastimavelmente foi a redução do valor de seu salário, que diminuiu, em decorrência da cobrança para a previdência, porque foi autorizada por uma lei do poder executivo, da sua fonte pagadora de que o seu pequeno salario, a partir de então receberia esse mínimo valor depositado a menor pelo seu patrão, o governo do Estado de Mato Grosso.
Simples assim, não precisa de muitas letras para entender.
Silêncio, emudecidos, lágrimas escorrendo pelos olhos, aperto na garganta, coração oprimido e a pressão arterial subindo, sintomas de um enfarto, de pânico e desalento e desespero.
O que fazer com as contas a pagar em tempos de pandemia, a quem recorrer se o patrão autorizou a redução do salário sem ao menos aviso prévio? Como buscar uma solução se não consigo entender a razão de redução salarial, quando o mundo todo solidariza para ajudar uns aos outros?
Apenas choro, engasgo emudecida.
Caminho, pego o ônibus que me leva de volta à minha casa. Como explicar aos meus pais com a pele encarquilhado pelos 80 anos já vividos neste mundo de Deus.
Como dizer para eles de que não pude trazer os remédios de uso continuo, para a diabetes, para o coração, para controlar a pressão alta?
Como olhar nos olhos do meu neto de 5 anos, tetraplégico, que não consegue se movimentar, que usa fraldas, e antes de sair de casa conversei com ele de que traria frutas, iogurte, leite com chocolate. Ah! Como ele adora leite gelado com sabor de chocolate!
Os médicos recomendam que é preciso hidratar e tomar vitaminas naturais, crianças e idosos precisam ter imunidade por causa do corona vírus e outras doenças oportunistas.
Ah! Como estou desolada! pois O dono da casa onde moro, eu falei que quitaria os 02 (dois) meses de aluguéis atrasados, comprei uma nova cama e colchão a prestação para meu neto portador de necessidade especial ter mais conforto, o colchão estava muito estragado, rasgado e com muito mal cheiro, suado por causa do excesso de calor e ainda por cima o ventilador estragou, caiu da mesa e quebrou-se em vários pedacinhos, nem cabe conserto!
Meu neto Antonio Marcos, demos esse nome em homenagem aquele cantor dos anos 60-70, que nos encantava com suas músicas românticas que nos fazia até descompassar o coração!Lembrei dessa época, até esqueci porque meus olhos ainda respingam lágrimas de sal!
Meu neto nasceu com paralisia cerebral, não fala, não anda, não come sozinho, não corre, não consegue segurar o pescoço, mas mexe os olhinhos, que brilham quando me vê, quando faço sucos de frutas frescas, e devagarinho vou dando em sua boquinha frágil.
Ah, esse mês eu iria comprar um ventilador novo para ele, para refrescar dos dias quentes de verão.
No caminho até minha casa, tem uma longa estrada de chão, ouço até meus próprios passos na estrada batida de chão, parece que o som do meu coração disparado , ainda surpreendido pela emoção desagradável da falta de meu salário de aposentada do Estado de Mato Grosso.
Como voltarei para casa hoje? Carregando essa tristeza que não cabe em meu peito, mas escorre pelos olhos?
Como levar para minha família essa decepção imensa, já vivemos com tantas dificuldades e agora nesses tempos sombrios, da pandemia que nos assola, como farei para não levar um pouco de alegria e alivio para os meus pais já envelhecidos e meu neto deficiente?
A tristeza aflorou em meu peito, sinto o amargo e o fel na boca. Não comi nada desde que sai de casa, para sobrar um trocado e levar aquela pamonha saborosa que meus pais adoram, eles falam que lembra a infância na roça, quando na colheita do milho, era só festa e alegrias, em que se reuniam o povaréu da redondeza para comemorar a fartura da colheita do milharal.
Deus é bom, sempre fui fiel, vou a missa, rezo o terço, faço novenas, e quando o perigo se faz iminente, dobro as minhas rezas para pedir a proteção do Criador dos Mundos.
As lágrimas ainda teimam em cair de meus olhos, pingos molham meu rosto, o sol escaldante me despertam para a realidade!
O salário sumiu da minha conta com autorização do patrão!!
Será que fiz algo errado, por isso que estou sendo castigada?
Levanto os olhos, e vejo o céu azul e no horizonte, as montanhas que se apontam em meio ao verde do horizonte, sinto uma leve brisa me tocando o rosto, a esperança aflorou em meu coração, enxugo os olhos, respiro o ar das matas que rodeiam minha casa , faço uma prece e retomo a caminhada! O patrão cortou meu salário, mas o Criador dos Mundos, Deus Pai de Bondade nos presenteia com a vida, com a família e com a sua bela criação, a tela da natureza, nos engrandece e nos enche de confiança!
Vamos confiar e viver o hoje e que amanhã novo dia desperta para a esperança!
"POR ESSAS VIDAS E MILHARES DE OUTRAS, O GOVERNADOR MAURO MENDES E OS DEPUTADOS QUE O APOIAM, RESPONDERÃO NO CARMA DA LEI DE CAUSA E EFEITO OU LEI DO RETORNO".
Comentário de Cleci Machado, representante de uma das comissões formadas por aposentados do Estado, que buscam a revogação da lei que confisca suas aposentadorias.

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