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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala é eleita diretora-geral da OMC

Economista de 66 anos se torna a primeira mulher e a primeira africana no comando da Organização Mundial do Comércio. Currículo da ex-ministra inclui longa atuação no Banco Mundial.A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala se tornou nesta segunda-feira (15/02) a primeira mulher e a primeira africana à frente da Organização Mundial do Comércio (OMC). A nomeação da economista para o cargo de diretora-geral foi decidida durante uma reunião extraordinária entre os membros da organização, depois que sua adversária, a ministra sul-coreana do Comércio, Yoo Myung-hee, retirou a candidatura na sexta-feira.
Em comunicado, Okonjo-Iweala disse que sua prioridade será abordar as consequências econômicas e de saúde da pandemia de covid-19 e implementar as respostas políticas necessárias para a retomada da economia global.
"Nossa organização enfrenta muitos desafios, mas trabalhando juntos podemos tornar a OMC mais forte, mais ágil e mais bem adaptada às realidades de hoje", disse a nova diretora-geral da organização.
Antes mesmo de sua designação, a economista de 66 anos já tinha amplo apoio de membros do órgão, incluindo China, União Europeia, União Africana, Japão e Austrália. Ex-colegas também já haviam defendido a escolha dela para o cargo.
"Ngozi é uma das pessoas mais qualificadas para a posição específica pela qual compete", disse à DW, Shamsudeen Usman, ex-ministro do Planejamento Nacional da Nigéria, dias antes da decisão final.Os dois trabalharam lado a lado como ministros sob o governo do presidente nigeriano Goodluck Jonathan em 2011. Antes de assumir a pasta, Okonjo-Iweala renunciou ao Banco Mundial, onde havia atuado por 25 anos.
Elogios e obstáculo na Casa Branca
Um memorando interno, dirigido aos funcionários do Banco Mundial em 8 de julho de 2011 e ao qual a DW teve acesso, chama a atenção para o papel excepcional desempenhado por Okonjo-Iweala no órgão. Segundo Bob Zoellick, presidente do Banco Mundial na época, a contribuição da economista foi brilhante.
"Além de supervisionar o trabalho do banco na África, no Sul da Ásia, na Europa e na Ásia Central e de sua atuação nos Recursos Humanos, Ngozi desempenhou um papel fundamental na supervisão do trabalho do banco no sentido de ajudar os países prejudicados por preços altos e voláteis de alimentos ", escreveu Zoellick no memorando. "Como é sabido, com a liderança de Ngozi, montamos um fundo de resposta à crise alimentar para permitir a rápida assistência aos países necessitados, ajudando mais de 40 milhões de pessoas em 44 países."
Okonjo-Iweala não era a candidata preferida do governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Isso acabou complicando o processo decisório, já que a eleição para uma nova direção-geral requer o consenso de todos os membros da OMC.
"Sei que ela desempenhará suas funções muito bem, como o fez em muitos cargos que já ocupou", disse Usman sobre a ex-colega.
A OMC, um órgão com sede em Genebra encarregado de promover o livre comércio, está sem liderança permanente desde que Roberto Azevedo deixou o cargo um ano antes do planejado, no final de agosto de 2020.
A renúncia de Azevedo veio depois que a OMC se envolveu em uma crescente disputa comercial entre os EUA e a China.
Maré favorável para as mulheres
Okonjo-Iweala se tornará a primeira africana e a primeira mulher a ocupar o cargo de liderança da OMC. "Vejo sua nomeação como uma validação da competência e das capacidades de liderança, assim como da excelência, das mulheres africanas, apesar das dificuldades e dos obstáculos sistemáticos que elas enfrentam", disse Fadumo Dayib, a primeira candidata à presidência da Somália.
Dayib acrescentou que a escolha de Okonjo-Iweala é um sinal de que "a maré está virando a favor de mulheres competentes e já era hora de isso acontecer".
Tal opinião é compartilhada pelo economista nigeriano Tunji Andrews, para quem a comunidade internacional finalmente percebeu que os africanos podem se sentar à mesa de negociações ao lado das potências globais.
Embora Ngozi Okonjo-Iweala esteja fazendo história ao se tornar a primeira mulher e primeira negra africana a liderar a OMC, vale destacar que a nigeriana traz mais do que apenas "diversidade e inclusão" para o cenário mundial.
"Estou otimista de que seu impacto no comércio global será positivo, visto que seus antecedentes sugerem que ela está fortemente comprometida com a redução da desigualdade, pobreza e corrupção em todo o mundo", disse à DW Amara Nwankpa, diretor de Iniciativa de Políticas Públicas na Fundação Shehu Musa Yar'Adua, uma organização nigeriana sem fins lucrativos empenhada em promover unidade nacional e boa governança.
Peso pesado na política
Durante seu segundo mandato como ministra das Finanças, Okonjo-Iweala foi "reconhecida por desenvolver programas de reforma que ajudaram a melhorar a transparência governamental e estabilizar a economia", de acordo com a revista americana de negócios Forbes, que a colocou em 48º lugar no ranking mundial das "50 Mulheres Poderosas" em 2015.
Formada em Harvard, a economista é Ph.D. pelo MIT e preside o conselho da Gavi, uma aliança global de vacinas fundamental para garantir que os países em desenvolvimento tenham o tão necessário acesso às vacinas contra a covid-19.
Para Nwankpa, a experiência de Okonjo-Iweala mostra que "ela traz para este trabalho habilidades impressionantes em negociações internacionais e capacidade de liderança para enfrentar os principais desafios que o planeta enfrenta atualmente". "Ela é exatamente a pessoa de quem o mundo precisa no comando do comércio internacional nestes tempos turbulentos", acrescentou.
Ngozi Okonjo-Iweala deverá assumir suas novas funções como diretora-geral da OMC em 1º de março.
Fred Muvunyi/Caminho Político
@CaminhoPolitico

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