CORONAVÍRUS: Chefe de gabinete de Merkel alerta para mutações do coronavírus

Em entrevista a jornal alemão, Helge Braun afirma que aumento de casos na Alemanha impulsiona risco de surgir variantes resistentes a vacinas: "Enfrentamos a fase mais perigosa da pandemia." O chefe de gabinete da chanceler federal Angela Merkel, Helge Braun, afirmou neste domingo (28/03) que a Alemanha precisa reduzir a transmissão da covid-19 rapidamente nas próximas semanas ou corre o risco de que surjam novas mutações do coronavírus resistentes às vacinas. "Enfrentamos a fase mais perigosa da pandemia", afirmou Braun em entrevista ao jornal alemão Bild am Sonntag. "As próximas semanas irão determinar se poderemos manter a pandemia sob controle".

O chefe de gabinete de Merkel alertou ainda que, se o número de novas infecções aumentar rapidamente de novo, há um risco real de que a próxima mutação do coronavírus se torne resistente às vacinas existentes contra a covid-19. "Precisaremos então de novos imunizantes e teríamos que recomeçar a vacinação", acrescentou.

Toque de recolher e testes

Para conter o avanço da transmissão da covid-19, Braun defendeu a adoção de toques de recolher noturnos e medidas de restrição mais rígidas em regiões onde a incidência de covid-19 pela média móvel de sete dias ultrapasse 100 casos por 100 mil habitantes. Essa taxa é uma das principais variáveis utilizadas na Alemanha para guiar o relaxamento ou endurecimento das restrições.

"Essas são regiões onde o toque de recolher noturno pode ajudar, porque temos uma alta taxa de infecção em encontros privados", destacou Braun.

O chefe de gabinete também sublinhou a importância da testagem em massa para reduzir a transmissão do vírus, pedindo que empresas testem seu funcionários ao menos duas vezes por semana.

O número de casos de covid-19 aumentou drasticamente nas últimas semanas na Alemanha. Neste domingo, o país contabilizou 17.176 novas infecções em 24 horas, elevando o total para mais de 2,77 milhões desde o início da pandemia. Foram registradas ainda 90 mortes diárias em decorrência da doença. Com isso, o total de óbitos chegou a 75.870.

Na entrevista, Braun disse ainda que espera que a situação melhore em maio, devido ao impacto da vacinação e do início do clima mais quente.

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