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terça-feira, 13 de abril de 2021

Caso Henry recoloca tortura de jornalistas do jornal O Dia na mídia

Preso sob acusação de matar o enteado Henry Borel, de 4 anos, no Rio de Janeiro, o vereador Dr. Jairinho foi investigado por suposta participação em uma sessão de torturas contra uma equipe de reportagem em 2008. Dr. Jairinho é herdeiro político do pai, Coronel Jairo (Solidariedade), ex-deputado estadual, que também foi apontado como um dos políticos envolvidos com os criminosos.
Naquele ano, profissionais do jornal O Dia foram passaram por uma sessão de tortura durante sete horas e meia, após serem descobertos por milicianos que atuam na região da favela do Batan, zona oeste do Rio. Disfarçados, uma repórter, um fotógrafo e um motorista do jornal haviam se mudado para o local para fazer uma série de reportagens sobre atuação da milícia na região. Em um texto publicado na revista piauí, em 2011, o fotógrafo Nilton Claudino relembrou que um vereador, filho de um deputado estadual, esteve presente na sessão de tortura.
“A repórter reconheceu a voz de um vereador, filho de um deputado estadual. E ele a reconheceu. Recomeçou a porradaria. Esse político me batia muito. Perguntava o que eu tinha ido fazer na Zona Oeste. Questionava se eu não amava meus filhos.”
Na época, a Polícia Civil do Rio chegou a investigar o deputado Coronel Jairo seguindo a denúncia de que um de seus assessores, de nome “Betão”, havia abordado a equipe de reportagem antes da apuração jornalística começar.
O inquérito policial não encontrou elementos suficientes para indiciá-lo. Jairinho, que naquela época já era vereador, não foi oficialmente investigado.
Os profissionais foram submetidos a socos, pontapés, roleta-russa, choques elétricos, sufocamento com saco plástico e tortura psicológica.
No texto publicado pela piauí, Claudino conta ter sido obrigado a deixar sua mulher e os dois filhos e a abdicar da residência no Rio, vivendo escondido até hoje.
“Retomar a vida é difícil. Faço tratamento psicológico e psiquiátrico, tomo uma dúzia de remédios. Quase não vejo meus filhos, que estão crescendo longe de mim. Tenho agora um neto que mal conheço. Não soube mais nada da repórter e do motorista, sumiram. Esqueci dos amigos. Preciso de fotos para me lembrar do rosto de quem gosto. Mas me lembro nitidamente dos que me torturaram”, escreveu Claudino.
Assessoria/PI/Caminho Político
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