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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Vitiligo: muito mais do que a cor da pele

Que o vitiligo é uma condição médica na qual manchas da pele perdem a cor, muitos já sabem. Isso ocorre quando os melanócitos (células responsáveis pela produção do pigmento da pele) são destruídos. O que poucos sabem é que o vitiligo pode afetar qualquer parte do corpo e pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, etnia ou sexo. Personalidades como a brasileira Luiza Brunet e a modelo canadense Winnie Harlow são porta-vozes do tema nas redes sociais.
Estima-se que cerca de 1% da população mundial tenha vitiligo, que pode ser uma doença emocional e socialmente devastadora. Até porque, para muitos, particularmente frustrante é sua progressão imprevisível, que pode ser lenta ou rápida. Até hoje, não há cura para o vitiligo. Contudo, pesquisas recentes estão melhorando nossa compreensão das vias envolvidas nesta condição e propiciam o surgimento de novas formas de tratá-lo.
Para começar, o vitiligo é geralmente considerado uma doença autoimune, em que o sistema imunológico de uma pessoa ataca erroneamente seu próprio corpo – neste caso, os melanócitos. Por sua vez, os melanócitos de pessoas com vitiligo parecem incapazes de lidar com o desequilíbrio de antioxidantes e radicais livres prejudiciais no corpo, o que resulta em dano celular e morte.
A condição pode afetar mais do que apenas sua pele. Outros sintomas de vitiligo incluem branqueamento prematuro ou envelhecimento do cabelo, cílios e sobrancelhas; clareamento na parte interna da boca e nariz; e clareamento da retina dos olhos. No início, os sintomas começam gradualmente. Contudo, a rapidez com que o vitiligo progride (e quais partes do corpo ele afeta) é altamente individual.
Existem dois tipos principais de vitiligo: segmentar, que é limitado ou localizado, e não segmentar, que é mais comum – com sintomas que aparecem simetricamente em ambos os lados do corpo. Raramente, as pessoas têm um terceiro tipo de vitiligo: o vitiligo universal ou completo, que afeta todo o corpo. A doença pode ser ativa (o que significa que ainda está se espalhando e/ou crescendo) ou estável (o que significa que não houve mudança no decorrer de um ano).
Embora a maioria das pessoas com a condição sejam saudáveis, há uma associação entre vitiligo e doenças da tireoide (hiper ou hipotireoidismo). Com menos frequência, ocorre junto com outras doenças autoimunes, como lúpus ou diabetes tipo 1. É importante realizar uma investigação junto com um profissional especializado.
Aliás, existem vários tratamentos que visam restaurar a cor da pele despigmentada. Entre os mais antigos e eficazes consta a fototerapia com luz ultravioleta B (UVB). A fototerapia é frequentemente usada em combinação com medicamentos tópicos aplicados na pele – que, por sua vez, incluem esteróides tópicos, inibidores de calcineurina tópicos (como tacrolimus ou pimecrolimus) ou análogos tópicos da vitamina D (como calcipotriol e tacalcitol). Os medicamentos tópicos também podem ser usados sem a realização da fototerapia. Porém, os pacientes normalmente têm melhores resultados quando os dois tratamentos são usados juntos.
Se as áreas despigmentadas forem extensas, há também a opção de usar medicamentos tópicos para clarear a pele não afetada, aproximando-a da cor das áreas despigmentadas. Além disso, novos tratamentos para vitiligo podem surgir no horizonte. Estudos recentes examinaram uma classe de medicamentos chamados inibidores de JAK como uma possível nova opção de tratamento. Dados preliminares mostram resultados promissores para a repigmentação, especialmente na face.
Vale ressaltar que o diagnóstico de vitiligo pode alterar a vida de uma pessoa. Tanto que apoio psicossocial é parte fundamental do tratamento. Afinal, muitos pacientes podem lutar contra a depressão ou questões relacionadas à autoestima e, por vezes, ainda têm que lidar com o estigma social pautado pelo desconhecimento acerca da doença – como o questionamento se é contagiosa ou não. Aproveito para reforçar: não, vitiligo não é contagioso.
Se você tem vitiligo, proteja sua pele do sol utilizando protetor de amplo espectro todos os dias. Dê preferência para roupas que também tenham fator de proteção solar. Procure profissionais que entendam do vitiligo e não acredite em “receitas mágicas” de cura. Por fim, se você sente que sofre algum tipo de preconceito ou rejeição social, não titubeie em procurar ajuda psicológica. Você não está sozinho (a).
Karin Krause Boneti é médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e diretora clínica da Frémissant
@caminhopolitico @cpweb

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