Criada por Óscar Arias, ex-presidente da Costa Rica e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, a Fundação Arias para a Paz e o Progreso Humano informou nesta quarta-feira, 26 de outubro, que apoiará os jornalistas da Nicarágua exilados na Costa Rica devido ao aprofundamento das restrições à liberdade de imprensa promovido pelo governo do presidente Daniel Ortega. O clima de perseguição ganhou força com a aproximação das eleições presidenciais na Nicarágua, previstas para serem realizadas em 7 de novembro.Diante do aumento no número de jornalistas exilados, foi feito um acordo de colaboração entre a Fundação Arias e a organização Voces en Libertad com o objetivo de facilitar o trabalho informativo desses profissionais de imprensa. O acordo estará vigente até setembro de 2022."A cada mês aumenta o número de jornalistas da Nicarágua em exílio forçado devido à perseguição estatal. No entanto, informar os cidadãos nicaraguenses é imperativo e a Fundação Arias estará presente para apoiar os jornalistas e as plataformas de informação que compõem o Voces en Libertad ", diz em nota a Fundação Arias. O convênio com a Voces em Libertad buscará recursos e executar estratégias para que os jornalistas exilados possam driblar a censura do governo Ortega e trabalhar livremente, garantindo aos nicaraguenses o direito à informação.
Além disso, a parceria pretende empreender projetos e atividades para defender a liberdade de imprensa e o apoio aos jornalistas e veículos de imprensa da Nicarágua.
País de 5,1 milhões de habitantes, desde 2018, quando a crise na Nicarágua intensificou-se, a Costa Rica já recebeu mais de 100 mil solicitações de refúgio de cidadãos nicaraguenses, que fogem da repressão exercida pelas autoridades de seu país.
Entre os nicaraguenses que se exilaram na Costa Rica também há estudantes universitários, manifestantes, defensores de direitos humanos e agricultores.
Assessoria/Caminho Político
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