As novas diretrizes foram impostas pelo Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício. Ameaças de morte têm sido feitas sobretudo a jornalistas que criticaram o Taleban por exigir aprovação do conteúdo editorial antes de sua publicação. As novas regras também determinam a maneira de se vestir das mulheres jornalistas na televisão e proíbem novelas e programas de entretenimento com atrizes e apresentadoras. “Os novos regulamentos de mídia do Taleban e as ameaças contra jornalistas refletem esforços mais amplos para silenciar todas as críticas ao governo do país”, denuncia Patricia Gossman, diretora associada para a Ásia da HRW. “O desaparecimento de qualquer espaço de dissidência e o agravamento das restrições para as mulheres na mídia e nas artes são devastadores”, ela completa.
Ameaça de enforcamento
Vários jornalistas foram convocados por autoridades locais após a publicação de matérias sobre os abusos do Taleban. Um vice-governador disse a um comunicador independente que se ele transmitisse novas críticas ao Taleban em seu podcast, seria enforcado na praça da cidade.
Oficiais da inteligência do Taleban fortemente armados têm visitado redações e alertado jornalistas sobre as novas condutas, que incluem a proibição da própria palavra “Taleban”, que deve ser substituída por “Emirado Islâmico”.
Já a expressão "homem-bomba" deve sempre ser substituída por "mártir", segundo determinação do ministro do Interior, Sirajuddin Haqqani, que mantém o costume de homenagear as famílias dos homens-bomba.
Já a expressão "homem-bomba" deve sempre ser substituída por "mártir", segundo determinação do ministro do Interior, Sirajuddin Haqqani, que mantém o costume de homenagear as famílias dos homens-bomba.
O novo pacote de restrições do Taleban também tornou o hijab, cobertura na cabeça expondo só o rosto, obrigatório para mulheres jornalistas na televisão.
O Taleban também tem pressionado veículos de comunicação, especialmente em cidades menores, para que entrevistem porta-vozes do grupo e passem a transmitir versos do Alcorão no início dos programas jornalísticos.
Assessoria/Caminho Político
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