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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Amad, o menino de um ano que chegou sozinho no bote: “Ajude-nos a encontrar os pais”














Agora, pelo menos tem um nome, embora tenha sido decidido não o divulgar no momento para protegê-lo. Os investigadores do esquadrão móvel de Agrigento o descobriram interrogando os setenta homens que chegaram com ele na última sexta-feira à Ilha dei Conigli, em Lampedusa. Mas para conhecer a história do "filho do mar", a criança de menos de um ano que viajou sozinha em um pequeno
barco que saiu da Líbia, teremos que esperar que as investigações sigam seu curso e que as informações de seus companheiros de viagem encontrem confirmação.Ele, a quem chamaremos de Amad, nome comum em sua Costa do Marfim, certamente não poderá fornecer nenhuma confirmação.
Tão pequeno, ele mal e mal anda, quase não fala. Aqueles que o viram dizem que ele sorri muito, embora às vezes se entristeça e chore de repente. Talvez se lembre daquela viagem assustadora, com as ondas que quase engoliam o bote em que cruzou o Mediterrâneo. Talvez sinta falta de sua mãe.
Seus companheiros de viagem, todos homens, contam que ela também - uma jovem marfinense - estava pronta para embarcar, mas em um bote diferente. Na saída, porém, teria havido problemas, e aquela casca de noz - precária, instável - teria começado a balançar e muitos teriam caído na água. E, entre tantos, também ela, que teria preferido confiar seu filho àqueles que realmente estavam dispostos a fazer aquela travessia, em vez de deixá-lo ficar mais um minuto na Líbia.
A aqueles homens, que podem ter se tornado família durante os meses ou os anos de prisão, ela confiou seu filho, sua história, a esperança de saber que ele está seguro do outro lado do Mediterrâneo. Ou pelo menos é o que dizem e tudo terá de ser verificado com atenção e cuidado.
A promotoria de menores de Palermo, chefiada por Claudia Caramanna, que acompanha pessoalmente o processo e pediu aos pais o máximo sigilo, cuida disso. A prioridade - foi a ordem - é proteger aquela criança que já sofreu demais. Assim que chegou, como praxe, foi imediatamente entregue a um tutor escolhido de uma lista específica de profissionais, com formação para assistir menores que atravessam o Mediterrâneo sem os pais. “Mesmo que esta - dizem - seja uma situação completamente inédita”.
Há três meses, um menino de 8 anos saiu de um pequeno barco, partindo da Líbia sem ninguém. Em agosto, entre os menores desacompanhados que desembarcaram em Pozzallo, havia um menino de onze anos que contou ter saído sozinho quatro anos antes de sua aldeia na Eritreia. “Histórias a que infelizmente corremos o risco de nos habituar - dizem os operadores das ONGs que trabalham em Lampedusa - mas é inconcebível uma criança de um ano chegar sozinha”.
Do hotspot da ilha, onde passou as primeiras horas com uma educadora que o atendeu desde o momento do desembarque, foi transferido para uma estrutura protegida para o período de quarentena obrigatório. Com eles, também há uma pessoa que jura ser um parente distante, mas mesmo disso por enquanto não existe certeza. É outro aspecto que precisará ser esclarecido ao tentar localizar os pais de Amad. Ou melhor, trabalha-se para saber se eles ainda estão vivos, ou se há algum parente que possa cuidar dele. Buscas que correm o risco de ser longas, complexas, talvez impossíveis. E enquanto isso? Até o fim da quarentena, o pequeno certamente ficará na estrutura para onde foi transferido. Depois, se verá. Para crianças maiores, as opções podem ser diferentes, algumas vão para uma instituição, outras são acolhidas em famílias transitórias.
Mas o “filho do mar”, que em poucas horas se tornou um pouco o filho de todos em Lampedusa, é um caso único. Nunca antes uma criança tão pequena havia atravessado o Mediterrâneo sozinha.
“É horrível que as pessoas sejam forçadas a fazer tais escolhas. Que um ou os dois pais decidam se separar de seu filho para dar a ele a esperança de um futuro melhor longe daquele país, é um enorme ato de amor que nos faz entender que situação aberrante existe na Líbia e o quanto é necessário consolidar os canais humanitários”, afirma Chiara Cardoletti, representante para a Itália, a Santa Sé e São Marinho da ACNUR, a agência das Nações Unidas especializada na gestão dos refugiados.
“Agora a prioridade - destaca - é que sejam ativados todos os canais necessários para localizar os pais da criança. Temos certeza de que a Itália fará todo o possível, mas também as organizações da sociedade civil podem dar uma grande contribuição ativando seus próprios canais. Mas acima de tudo temos a responsabilidade de estar perto e ajudar este pequenino num momento tão delicado”.
A reportagem é de Alessandro Candito, publicada por La Repubblica e Caminho Político. A tradução é de Luisa Rabolini. Edição: Régis Oliveira @caminhopolitico @cpweb

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