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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

EUA, ataque ao Congresso: aparece um plano de golpe

Um documento enviado ao chefe de gabinete de Trump, o mesmo que mandou investigar o Italygate, indica o caminho para atrasar a eleição de Joe Biden. Segundo o autor, o ex-presidente deveria ter declarado estado de emergência nacional e anular todos os votos eletrônicos.
Declarar emergência nacional, acusar potências estrangeiras hostis como China e Venezuela de terem interferido nas eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos, proclamar não válidos todos os votos expressos eletronicamente e pedir ao Congresso para encontrar um remédio constitucionalmente aceitável. Esses são os principais elementos do que parece ser um verdadeiro golpe de estado que estava sendo ambientado na Casa Branca na véspera do ataque de 6 de janeiro ao Congresso. Não há provas de que alguém tenha tentado colocá-lo em prática, mas o chefe de gabinete Mark Meadows, o mesmo que naquela época ordenou que o Pentágono investigasse o Italygate, apresentou-o a Trump com um PowerPoint de cerca de quarenta páginas.
A notícia assombrosa foi publicada pelo New York Times e pelo Guardian, que puseram as mãos no documento, que foi entregue à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o ataque de 6 de janeiro. O texto é intitulado "Election Fraud, Foreign Interference & Options for 6 Jan" e, essencialmente, indica um caminho a seguir para impedir que Biden se torne presidente. Primeiro, Trump deveria ter proclamado o estado de emergência, alegando que potências estrangeiras como China e Venezuela haviam manipulado as eleições. Portanto, ele teria eliminado todos os votos expressos eletronicamente, porque eram aqueles que tinham ajudado o rival democrata a vencer. Naquele ponto, o Congresso deveria ter se recusado a certificar o sucesso de Biden, por ordem do vice-presidente e líder do Senado Pence, e discutido uma alternativa viável segundo a constituição. Assim, Trump nunca teria deixado a Casa Branca. Não há menção ao uso de forças armadas, que, no entanto, deveriam ter garantido a ordem, enquanto todo esse caos estivesse acontecendo.
Meadows havia recebido o plano e o fez circular na Casa Branca e entre alguns parlamentares, mas agora afirma que nunca o levou a sério e não tomou qualquer providência para colocá-lo em prática. Mas ele é a mesma pessoa que havia ordenado ao Pentágono que investigasse o Italygate, ou seja, a desacreditada teoria da conspiração segundo a qual os satélites da companhia italiana Leonardo haviam sido usados para mudar os votos de Trump a favor de Biden. Justamente nestes dias Meadows está empenhado em uma disputa legal com a Comissão de Inquérito, porque recusou o pedido de colaboração com a investigação.
De acordo com o New York Times, o documento foi escrito ou, de qualquer forma, posto em circulação por Phil Waldron, um ex-coronel do Exército muito influente no movimento que queria contestar o resultado das eleições. No dia 4 de janeiro, alguns colaboradores de Waldron haviam ilustrado o plano para um grupo de senadores, no dia 5 havia sido distribuído de forma mais ampla e no dia seguinte aconteceu o ataque ao Congresso. Talvez Trump nunca tenha levado essa hipótese a sério, mas incitou os manifestantes. E o plano "Fraude Eleitoral, Interferência Estrangeira e Opções para 6 de janeiro" mostra como a democracia estadunidense chegou perto do ponto sem volta.
A reportagem é de Paolo Mastrolilli, publicada por La Repubblica e Caminho Político. A tradução é de Luisa Rabolini.Edição: Régis Oliveira. @caminhopolitico @cpweb

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