EUA continuarão a dar apoio militar a Taiwan, provocando mais tensão com a China. Sputnik - A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) dos EUA para 2022, assinada na segunda-feira (27), prevê a continuação do apoio militar norte-americano a Taiwan em meio à tensão entre a ilha e Pequim.Em particular, a lei declara o apoio ao "desenvolvimento de forças de defesa capazes, preparadas e modernas necessárias para que Taiwan mantenha uma capacidade de autodefesa suficiente, assim como a necessidade de "aprofundar a interoperabilidade com Taiwan em capacidades defensivas, incluindo a conscientização do domínio marítimo e aéreo e os sistemas integrados de defesa antiaérea e antimísseis".
Além do mais, a lei prevê um "convite estendido a Taiwan no exercício Rim of the Pacific" (Rimpac) em 2022.
A legislação foi acolhida com beneplácito por Taipé, indica South China Morning Post. Neste sentido, Wang Ting Yu, membro do Comitê de Defesa e Assuntos Exteriores do Parlamento taiwanês, afirmou que "deveria haver mais intercâmbios militares de alto nível" com os EUA e opinou que a lei mostra a intenção de Washington de dissuadir qualquer possível ataque de Pequim contra Taiwan. Por sua parte, o Ministério de Defesa da ilha informou aos parlamentares no domingo (26) que elaborará planos para facilitar o intercâmbio de militares de alto nível com o Exército norte-americano.
Embora as cláusulas da NDAA expressem a opinião do Congresso e o Executivo não seja obrigado a cumpri-las rigorosamente, especialistas, tanto taiwaneses como da China continental, consideram que geram um aumento das tensões.
O pesquisador principal do grupo de especialistas taiwanês Fundação de Pesquisa de Política Nacional, Chieh Chung, ressalta que "não só as disposições na NDAA em relação a Taiwan não são vinculativas, como o governo Biden também deve ter em conta a reação de Pequim e a política de Uma China".
Por sua parte, o analista militar chinês Song Zhongping disse ao Global Times que a participação de Taipé em exercícios internacionais aumentaria o risco de uma guerra na região que resultaria na derrota completa dos "secessionistas".
Assessoria/Brasil247/Caminho Político
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