O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), a Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea Mato Grosso (Mútua-MT) e as entidades: Associação Mato-grossense dos Engenheiros Eletricistas (AMEE) e a Associação Mato-Grossense de Engenharia de Segurança do Trabalho (Amaste), apoiaram o Encontro de Profissionais da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), realizado nos dias 08 e 09 de junho no plenário do Crea-MT, eng. civil Rubens Paes de Barros Filho.
“São 17 anos da associação nacional conscientizando a sociedade sobre os perigos da eletricidade. Existem vários profissionais não só no Sistema Confea/Crea, mas também em outros conselhos entrando na área de atuação. Até porque há uma carga horária mínima de 60 horas. Apesar disso, ele na maioria das vezes acha que tem capacidade técnica para desenvolver projetos de baixa tensão. O Crea-MT defende a sociedade, e essa autarquia exige que o profissional tenha capacidade técnica adequada para executar seus projetos. Como engenheiro civil não me envolvo em vários projetos que tenho atribuição para fazer porque eu vou ser desonesto com o cliente”, explanou o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), eng. civil Juares Samaniego, ao fazer o uso da palavra no evento da Abracopel.
Ao parabenizar a associação nacional pelos trabalhos desenvolvidos ao longo dos 17 anos Samaniego destacou que dentro das 250 profissões registradas no Sistema de Mato Grosso, além das modalidades das Engenharias, Agronomia e Geociências, também estão as áreas agrária, construção civil, da eletricidade, do petróleo e os tecnólogos.
“Em minhas palestras realizadas em diversos cursos de várias modalidades das Engenharias, Agronomia e Geociências estão compostas uma gama de atribuições. Diversas coisas em qualquer área da graduação, alguns profissionais insistem em fazer aquilo que não tem conhecimento técnico adequado. A instituição de ensino superior pode até ter dado a formação para ele, mas em uma carga horária que não faz dele um especialista. Essas demandas vêm e acabam ocorrendo dentro do Crea que dá essas atribuições, se pode ou não pode fazer”, disse o presidente do Crea-MT.
Na oportunidade o engenheiro civil explicou que o papel do Crea é a fiscalização da atividade, ou seja, combater o leigo, se sentindo prestigiado pelo fato da Abracopel ter escolhido o Sistema de Mato Grosso para realizar um evento dessa magnitude.
Para o diretor executivo da Abracopel, eng. eletricista e pós-graduado em Segurança do Trabalho Edson Martinho, o principal objetivo do evento é trazer informações sobre as normatizações, atualizações de normas e as novas tecnologias.
“A gente faz uma mescla entre palestrantes, convidados que são profissionais da área que falaram por exemplo, sobre o que está acontecendo hoje nas normas técnicas de instalações elétricas, de segurança em eletricidade e na Segurança do Trabalho. Temos um debate relacionado ao problema que atualmente nós estamos enfrentando em torno de condutores elétricos em má qualidade no mercado, que acabam causando situações de risco”, destacou Edson.
O diretor executivo da associação nacional ressaltou ainda que o encontro também é pautado em trazer informações para os profissionais se atualizem, ou seja, a Abracopel propõe o que tem de novidade em normalização, surgindo principalmente em normas que estão sendo revisadas as tecnologias que estão aparecendo no mercado, como: tipos de conectores novos, equipamentos integrados à rede.
“A gente traz essas situações de como o profissional pode estar informando do que está acontecendo e o que pode fazer de forma correta dentro de normalização e utilizando tecnologias novas para melhorar a vida deles. No segundo dia o encontro trouxe duas palestras de representantes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, onde explicaram sobre incêndios e situações de risco com eletricidade”, disse Edson.
O Conselheiro suplente do Crea-MT pela AMEE, eng. eletricista Walter Aguiar, ministrou palestra sobre pesquisa nacional realizada para observar a percepção dos trabalhadores em relação à segurança do trabalho e a segurança com o trabalho em eletricidade. “Estudos foram organizados pela Abracopel, com fundos organizadores dessa pesquisa que realizamos em todo território nacional, ou seja, em todas as 27 unidades federativas, atingimos 1.145 respostas. Estudamos e compreendemos a percepção que os trabalhadores têm em relação à Segurança do Trabalho, na qual segmentamos esse grupo em três partes: o primeiro formado por profissionais da indústria e do grande comércio, já o 2º grupo desenvolvido por profissionais de empresas de pequeno porte; e o 3º por profissionais autônomos”, ressaltou Walter.
O conselheiro suplente, explanou ainda que, a partir dos resultados observados da pesquisa, constatou que os profissionais da indústria são mais treinados e trabalham com mais segurança, além de terem uma percepção maior do risco. Por outro lado, diametralmente oposto, os profissionais autônomos são os que menos compreendem os riscos, as normas de segurança, e menos investem em treinamentos e procedimentos seguros de trabalho. Num contexto geral, há uma negligência no que se diz respeito à percepção e gestão dos riscos elétricos.
O engenheiro eletricista durante o evento informou que, ao analisar de 2019 a 2021, o número de mortes por choque elétrico no Brasil diminuiu quase 3%. “Em 2019 veio de 697 para 674 mortes em 2021. Mas em Mato Grosso aumentou, de 25 em 2019, 30 em 2020 e 33 em 2021. E só o que eu acompanhei em janeiro e início de fevereiro, em Mato Grosso, foram 12 mortes por acidentes de choque elétrico”, disse Walter.
O diretor administrativo da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Eletricistas (AMEE), Délcio Taques, disse que a AMEE tem mais de 40 anos de fundação. A função da Associação é congregar profissionais da área da Engenharia Elétrica e áreas afins, como: Engenharia da Computação, Engenharia de Energia, de Telecomunicações, Eletrônica, de Controle a Automação e outras áreas correlatas à Engenharia Elétrica e os tecnólogos, que agregam a Engenharia Elétrica.
O evento contou com a participação do presidente Associação Mato-Grossense de Engenharia de Segurança do Trabalho (Amaest), eng. eletricista e de segurança do trabalho, Frederico Mansur. Para ele, a Amaest vem demandando trabalhos relacionados à segurança do profissional e trabalhadores, de modo geral, da Construção Civil e a eletricidade. “É um item que demanda muito acidente, devido à periculosidade iminente que isso tem. Então a gente recorre a esses seminários, ou seja, empreitadas de conhecimento que são fundamentais para todos”, detalhou ele.
“Universidade foi parceira em 2018 do evento da Abracopel. Tivemos a oportunidade de sediá-lo no campus de Cuiabá e hoje a gente retorna aqui como convidados. A importância de encontros nacionais como esses, com a presença do Crea-MT, associações, de entidades na luta pela preservação da vida, pela segurança das instalações, dos processos e a UFMT tem sido sempre parceira e disponível neste sentido. Nós temos dois cursos de especialização em Engenharia de Segurança, um em EaD, no Araguaia, e um presencial aqui em Cuiabá”, salientou Roberto Perillo – pró-reitor de Planejamento da UFMT.
Na oportunidade, a diretora-administrativa da Mútua-MT, eng. sanitarista Suzan Lannes explicou aos participantes do evento da Abracopel sobre os benefícios da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-MT (Mútua-MT), conhecida como o braço social do Sistema. “A instituição oferece soluções em benefícios diferenciados que proporcionam melhor qualidade de vida e ajudam os profissionais a alcançarem seus objetivos, seja um carro novo, uma viagem, uma pós-graduação, um upgrade no seu empreendimento e outros”, disse ela.
Na ocasião, o presidente do Crea-MT, eng. civil, Juares Samaniego, recebeu o livro: Análise da Formação Técnica de Nível Médio em Eletrotécnica e do Bacharelado em Engenharia Elétrica: Perspectivas para Construção das Atribuições Profissionais; e, juntamente com os representantes das instituições, também o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2022, ano base da Abracopel.
Além disso, o diretor-executivo da associação nacional, eng. eletricista Edson Martinho e a gerente executiva e de comunicação da Abracopel, Meire Martinho receberam placa de homenagem como “Abracopelenses” dos engenheiros eletricistas: Adriana Dussel, Danilo de Souza, Fabricio Parra, Matheus da Silveira, Lauro Leocardio da Rosa, Walter Aguiar e da eng. sanitarista Suzan Lannes, pelos serviços prestados à sociedade há 17 anos e atuação na conscientização para os perigos da eletricidade.
Empresas parceiras da Abracopel expuseram várias novidades de itens da área elétrica relacionados a tecnologia. Também fez parte do evento o coordenador da Engenharia Elétrica do centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Prof. Dr. Leandro Luetkmeyer, além de outros palestras e participantes representando empresas ligadas ao setor.
Assessoria/Caminho Político
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