Sakamoto: Se Bolsonaro não frear seus seguidores, teremos banho de sangue

Em participação ao UOL News na noite de hoje (11), o colunista Leonardo Sakamoto falou sobre o assassinato do militante petista Marcelo Aloizio de Arruda, morto a tiros por um policial penal bolsonarista que invadiu a sua festa de aniversário. Para Sakamoto, se o presidente Jair Bolsonaro (PL) não frear seus seguidores, teremos banho de sangue até as eleições em outubro. “O que aconteceu durante mais de três anos e meio? Bolsonaro plantou intolerância e ódio, e fez com que as pessoas odiassem os adversários. Ele plantou o ódio e [fez com que] as pessoas corram atrás de armas para defender aquilo que acreditam, o que eles chamam de ‘liberdade’, mas na verdade é para defender o governo [de Bolsonaro] e seus interesses”, avaliou.

Sakamoto contou que após o crime, que ocorreu no sábado (9) em Foz do Iguaçu (PR), entrou nas redes sociais do assassino bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, e afirmou perceber uma evolução na intolerância e no ódio nos comentários e nas publicações do homem. “[Com os discursos de Bolsonaro] O adversário deixa de ser adversário e passa a ser um mal a ser exterminado, e os seguidores do presidente acreditam que estão fazendo um trabalho civilizatório ao combater esse mal, e não estão. Eles estão sendo assassinos”, disse Sakamoto. “O presidente da República precisa começar a frear seus seguidores. Se não frear, nós teremos um banho de sangue até as eleições. O problema é que [Bolsonaro] não vai fazer isso porque, na concepção dele, precisa desse povo engajado, inclusive para dar golpe de Estado se necessário”, acrescentou. Marcelo deixa a esposa Pâmela, um bebê de 40 dias, uma menina de seis anos e dois filhos do primeiro casamento.

Assessoria/Caminho Político

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