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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Em live, Bolsonaro tenta se distanciar de ato terrorista

A poucas horas de deixar o cargo - e perder imunidade -, presidente critica apoiador que plantou bomba em Brasília e tenta justificar para apoiadores sua reclusão após a derrota. Em uma live de despedida do cargo, o presidente Jair Bolsonaro tentou nesta sexta-feira (30/12) se desvincular da violência cometida por apoiadores, notadamente a tentativa de atentado terrorista planejada por um bolsonarista em Brasília na véspera de Natal. "Nada justifica aqui em Brasília essa tentativa de ato terrorista no aeroporto de Brasília. Nada justifica. Um elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão. Agora massifica em cima do cara como bolsonarista do tempo todo. É a maneira da imprensa tratar", disse o presidente, que vai deixar o cargo no próximo domingo.
"Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferentes", disse o presidente de extrema direita, tentando ainda se distanciar de movimentos que pedem um golpe militar para impedir a posse do social-democrata Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao longo da sua live, Bolsonaro tentou se pintar como perseguido, direcionou elogios ao seu próprio desempenho na Presidência e fez críticas a Lula. O presidente também voltou a direcionar críticas à Justiça Eleitoral, mas evitou afirmar diretamente que teria sido vítima de fraude, adotando um discurso um pouco menos incendiário que o habitual.
Numa tentativa de se justificar para apoiadores acampados em frente a bases militares que esperavam mais ação do presidente para contestar o resultado da eleição, Bolsonaro afirmou que não queria "tumultuar mais ainda".
"Essa massa, atrás de segurança, foi para os quarteis. Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi. Eu acreditava — e acredito ainda — que fiz a coisa certa de não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. A imprensa, sempre ávida para pegar uma palavra errada minha, uma frase fora de contexto, para criticar. O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo", disse Bolsonaro.
Em outro trecho, Bolsonaro indicou que tentou buscar reverter o resultado, admitindo que não foi bem-sucedido. "Como foi difícil ficar dois meses calado, buscando alternativas. Busquei dentro das quatro linhas se tinha alternativa para isso aí", disse.
Após a derrota para Lula no segundo turno, Bolsonaro permaneceu recluso no Palácio do Alvorada, limitando-se a fazer um pronunciamento vago no dia 1 de novembro e uma live no dia seguinte em que pediu para que apoiadores desbloqueassem rodovias. Por outro lado, o presidente foi acusado de apoiar tacitamente os extremistas que cometeram atos de violência ao não condenar as ações e ao não ordenar que seu governo agisse.
Ainda na live desta sexta-feira, Bolsonaro direcionou críticas a Lula e fez uma tentativa de sinalização para que seus apoiadores não deixem de fazer oposição ao próximo governo. "O quadro que nós temos à frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que a gente vai jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar. Deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento.
Bolsonaro deve viajar ainda nesta sexta-feira para os Estados Unidos. Ele não pretende passar a faixa presidencial para Lula - quebrando uma tradição que se mantinha desde 1990.
jps (ots)Em uma live de despedida do cargo, o presidente Jair Bolsonaro tentou nesta sexta-feira (30/12) se desvincular da violência cometida por apoiadores, notadamente a tentativa de atentado terrorista planejada por um bolsonarista em Brasília na véspera de Natal.
"Nada justifica aqui em Brasília essa tentativa de ato terrorista no aeroporto de Brasília. Nada justifica. Um elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão. Agora massifica em cima do cara como bolsonarista do tempo todo. É a maneira da imprensa tratar", disse o presidente, que vai deixar o cargo no próximo domingo.
"Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferentes", disse o presidente de extrema direita, tentando ainda se distanciar de movimentos que pedem um golpe militar para impedir a posse do social-democrata Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao longo da sua live, Bolsonaro tentou se pintar como perseguido, direcionou elogios ao seu próprio desempenho na Presidência e fez críticas a Lula. O presidente também voltou a direcionar críticas à Justiça Eleitoral, mas evitou afirmar diretamente que teria sido vítima de fraude, adotando um discurso um pouco menos incendiário que o habitual.
Numa tentativa de se justificar para apoiadores acampados em frente a bases militares que esperavam mais ação do presidente para contestar o resultado da eleição, Bolsonaro afirmou que não queria "tumultuar mais ainda".
"Essa massa, atrás de segurança, foi para os quarteis. Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi. Eu acreditava — e acredito ainda — que fiz a coisa certa de não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. A imprensa, sempre ávida para pegar uma palavra errada minha, uma frase fora de contexto, para criticar. O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo", disse Bolsonaro.
Em outro trecho, Bolsonaro indicou que tentou buscar reverter o resultado, admitindo que não foi bem-sucedido. "Como foi difícil ficar dois meses calado, buscando alternativas. Busquei dentro das quatro linhas se tinha alternativa para isso aí", disse.
Após a derrota para Lula no segundo turno, Bolsonaro permaneceu recluso no Palácio do Alvorada, limitando-se a fazer um pronunciamento vago no dia 1 de novembro e uma live no dia seguinte em que pediu para que apoiadores desbloqueassem rodovias. Por outro lado, o presidente foi acusado de apoiar tacitamente os extremistas que cometeram atos de violência ao não condenar as ações e ao não ordenar que seu governo agisse.
Ainda na live desta sexta-feira, Bolsonaro direcionou críticas a Lula e fez uma tentativa de sinalização para que seus apoiadores não deixem de fazer oposição ao próximo governo. "O quadro que nós temos à frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que a gente vai jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar. Deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento.
Bolsonaro deve viajar ainda nesta sexta-feira para os Estados Unidos. Ele não pretende passar a faixa presidencial para Lula - quebrando uma tradição que se mantinha desde 1990.
jps (ots)Em uma live de despedida do cargo, o presidente Jair Bolsonaro tentou nesta sexta-feira (30/12) se desvincular da violência cometida por apoiadores, notadamente a tentativa de atentado terrorista planejada por um bolsonarista em Brasília na véspera de Natal.
"Nada justifica aqui em Brasília essa tentativa de ato terrorista no aeroporto de Brasília. Nada justifica. Um elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão. Agora massifica em cima do cara como bolsonarista do tempo todo. É a maneira da imprensa tratar", disse o presidente, que vai deixar o cargo no próximo domingo.
"Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferentes", disse o presidente de extrema direita, tentando ainda se distanciar de movimentos que pedem um golpe militar para impedir a posse do social-democrata Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao longo da sua live, Bolsonaro tentou se pintar como perseguido, direcionou elogios ao seu próprio desempenho na Presidência e fez críticas a Lula. O presidente também voltou a direcionar críticas à Justiça Eleitoral, mas evitou afirmar diretamente que teria sido vítima de fraude, adotando um discurso um pouco menos incendiário que o habitual.
Numa tentativa de se justificar para apoiadores acampados em frente a bases militares que esperavam mais ação do presidente para contestar o resultado da eleição, Bolsonaro afirmou que não queria "tumultuar mais ainda".
"Essa massa, atrás de segurança, foi para os quarteis. Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi. Eu acreditava — e acredito ainda — que fiz a coisa certa de não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. A imprensa, sempre ávida para pegar uma palavra errada minha, uma frase fora de contexto, para criticar. O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo", disse Bolsonaro.
Em outro trecho, Bolsonaro indicou que tentou buscar reverter o resultado, admitindo que não foi bem-sucedido. "Como foi difícil ficar dois meses calado, buscando alternativas. Busquei dentro das quatro linhas se tinha alternativa para isso aí", disse.
Após a derrota para Lula no segundo turno, Bolsonaro permaneceu recluso no Palácio do Alvorada, limitando-se a fazer um pronunciamento vago no dia 1 de novembro e uma live no dia seguinte em que pediu para que apoiadores desbloqueassem rodovias. Por outro lado, o presidente foi acusado de apoiar tacitamente os extremistas que cometeram atos de violência ao não condenar as ações e ao não ordenar que seu governo agisse.
Ainda na live desta sexta-feira, Bolsonaro direcionou críticas a Lula e fez uma tentativa de sinalização para que seus apoiadores não deixem de fazer oposição ao próximo governo. "O quadro que nós temos à frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que a gente vai jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar. Deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento.
Bolsonaro deve viajar ainda nesta sexta-feira para os Estados Unidos. Ele não pretende passar a faixa presidencial para Lula - quebrando uma tradição que se mantinha desde 1990.
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