O papa emérito Bento XVI morreu aos 95 anos neste sábado (31). Na última terça-feira (27), o Vaticano informou que ele teve uma piora súbita de saúde. O papa Francisco chegou a fazer uma visita a seu antecessor e pediu orações. Em 2013, Bento XVI se tornou o primeiro pontífice em 600 anos a renunciar ao papado. Ele tinha assumido o posto em 2005 após a morte de João Paulo II. Relembre abaixo alguns dos momentos marcantes do papa emérito.
2005
19 de abril: O cardeal alemão Joseph Ratzinger, chefe do escritório doutrinário do Vaticano, é eleito para suceder o papa João Paulo II como o 265º líder da Igreja Católica Romana. Ele escolhe o nome de Bento XVI.
2006
9 a 14 de setembro: O papa visita sua pátria bávara. Ele provoca protestos do mundo muçulmano com um discurso citando um imperador bizantino do século 14 que disse que o Islã só trouxe o mal ao mundo e foi espalhado pela espada. Dias depois, Bento disse que estava “profundamente arrependido” pela reação muçulmana ao seu discurso, que ele diz ter sido mal interpretado.
28 de novembro a 1º de dezembro: A viagem papal à Turquia é uma visita de conciliação, incluindo orações com o Grande Mufti de Istambul de frente para Meca na Mesquita Azul da cidade.
2007
7 de julho: O papa emite uma declaração permitindo que a missa tridentina seja celebrada mais amplamente, uma demanda dos tradicionalistas da Igreja.
2008
5 de fevereiro: O papa muda uma oração latina para os serviços da Sexta-Feira Santa pelos católicos tradicionalistas, apagando uma referência aos judeus e sua “cegueira”, mas ainda pedindo que aceitem Jesus.
2009
24 de janeiro: O papa causa alvoroço ao suspender as excomunhões de quatro bispos ultratradicionalistas, incluindo um negador do Holocausto.
2010
6 de novembro: Bento XVI chega à Espanha para uma visita de dois dias. Ele ataca o aborto e o casamento gay, recentemente legalizados na Espanha, em uma missa para consagrar a igreja da Sagrada Família em Barcelona, em outra crítica contundente ao que chamou de “secularismo agressivo” da Espanha.
2011
25 de julho: O Vaticano chama de volta seu embaixador na Irlanda após uma repreensão sem precedentes da Santa Sé pelo parlamento irlandês na sequência de um relatório que acusava as autoridades da Igreja de encobrir abusos sexuais.
2012
Ao longo do ano, o papado de Bento XVI é abalado por um escândalo apelidado de “Vatileaks”, no qual documentos vazados mostram brigas internas entre os assessores de Bento e disfunções gerais no coração da administração central da Igreja, conhecida como Cúria.
O escândalo expôs corrupção financeira e alegações sobre a existência de um chamado “lobby gay” que usava chantagem para proteger seus membros.
6 de outubro: Um tribunal do Vaticano considera o ex-mordomo de Bento XVI culpado de roubar documentos confidenciais e o sentencia a um ano e meio de prisão.
Paolo Gabriele disse que agiu por amor “visceral” à Igreja Católica Romana e ao papa. Bento XVI mais tarde perdoou Gabriele e o Vaticano mais tarde encontrou um emprego para ele em um hospital. Gabriele morreu em 2020.
2013
11 de fevereiro: Bento XVI anuncia sua intenção de renunciar, dizendo que não tem mais força física e mental para dirigir a Igreja. O anúncio surpresa choca uma reunião de cardeais.
28 de fevereiro: Bento XVI formalmente deixa o cargo, mudando-se temporariamente para a residência papal de verão ao sul de Roma e, mais tarde, para um antigo convento dentro dos jardins do Vaticano, com seu secretário, o arcebispo Georg Ganswein, e outros auxiliares e equipe médica.
2022
20 de janeiro: Um relatório independente alemão alega que Bento XVI falhou em agir contra quatro casos de abuso sexual em sua arquidiocese quando era arcebispo de Munique entre 1977 e 1982. O papa Bento posteriormente reconhece erros ocorridos e pede perdão.
28 de dezembro: Seu sucessor, o Papa Francisco, pede orações pelo ex-pontífice, dizendo que Bento está “muito doente”. Vaticano informa que o papa emérito teve piora repentina de saúde.
Assessoria/Caminho Político
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