Chefe do GSI, que já cuidou da segurança de Lula, deixou apenas 15 homens no Alvorada mesmo após alerta, segundo revista. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Marco Edson Gonçalves Dias, sabia do risco dos atos de vandalismo praticados em 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.O general Dias já chefiou anteriormente o esquema de segurança pessoal do presidente Lula. A informação é da revista Veja, que teve acesso a um conjunto de mensagens que revelariam ter ocorrido “no mínimo negligência, imprudência e omissão de autoridades lotadas no próprio Palácio do Planalto, particularmente no GSI”.
As mensagens foram trocadas em um grupo de WhatsApp utilizado pelo GSI e pelo Comando Militar do Planalto (CMP) para combinar procedimentos operacionais. Em 6 de janeiro, aconteceu uma reunião de representantes de segurança do Distrito Federal (DF), do governo Federal, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. O encontro serviu para montar um plano de segurança para o protesto que estava sendo convocado para o fim de semana.
A decisão unânime foi contra a autorização de manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Contudo, nas redes sociais algumas pessoas já falavam sobre a possibilidade de ações radicais. Para o GSI, no entanto, a situação poderia ser tratada como “normalidade”.Em uma mensagem ao CMP, o órgão informou que não havia a necessidade de reforço da segurança do palácio naquele fim de semana. “Os órgãos de inteligência aguardam monitorando a capital. Qualquer mudança de cenário, informaremos de pronto“, comunicou o GSI.
A mensagem foi encaminhada às 14h59 do dia 6. Quase três horas depois, Garcia enviou outra comunicação ao CMP: “O secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, general Carlos Feitosa Rodrigues, agradece o apoio dos dragões no hoje. Pelotão de Choque pode ser liberado da prontidão“. Há sempre um pelotão para proteger o Palácio do Planalto. Eles devem estar prontos para serem acionados em casos de necessidade. Mas, dessa vez, o pelotão foi liberado.
Desse modo, no fim de semana do ataque, a proteção do local ficaria sob responsabilidade de um contingente de cerca de dez homens, que atuariam como “vigilantes”. Eles iriam se revezar na rampa de acesso e nas guaritas ao redor do prédio.
No sábado 7, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) elaborou um relatório alertando sobre o risco de ataque à Praça dos Três Poderes. Conforme o jornal Folha de S.Paulo, o aviso da Abin informava que as convocações para os “atos violentos e as tentativas de ocupações de prédios públicos” continuavam acontecendo.
Segundo o jornal O Globo, a Polícia Federal enviou um ofício ao ministro da Justiça, Flávio Dino, advertindo que o grupo pretendia “promover ações hostis e danos” “contra os prédios dos ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF”.
Mesmo com todos os avisos, não houve nenhum pedido de reforço. “Não houve mais nenhuma manifestação no grupo sobre o assunto até o dia seguinte”, informou a Veja. No domingo, o GSI percebeu que acontecia um movimento de manifestantes próximo ao Congresso. Nesse horário, muitas pessoas estavam em frente ao quartel-general de Brasília, iniciando uma caminhada até à Esplanada.
Segundo a revista Veja, ao contrário do que foi combinado na reunião da sexta-feira, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), autorizou a entrada dos manifestantes na Esplanada. Havia somente uma barreira para impedir o acesso deles à Praça dos Três Poderes. Quase ao meio-dia, o GSI enviou uma mensagem ao CMP pedindo o apoio de um pelotão de choque. No texto, era informado que apenas 15 agentes estavam no local.
revistaoeste/Caminho Político
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