A vereadora Maysa Leão (Republicanos), participou nesta segunda-feira (16), de uma reunião para discutir a educação ofertada para alunos autistas na rede pública de ensino. A reunião foi realizada na sede da Defensoria Pública de Mato Grosso, após vários relatos de mães que estão com dificuldades para que os filhos permaneçam nas escolas por não haver uma estrutura e acompanhamento adequado.Entre as demandas apresentadas estão a ausência de Cuidadoras de Alunos com Deficiência (CADs), necessidade de salas multidisciplinares, avaliação de laudos já realizados por médicos e recusa do documento no ato de matrícula, além da permissão para que estes estudantes possam levar o próprio alimento para as unidades, em razão da seletividade de consumo.
O autismo é uma das causas defendidas por Maysa, que é também é mãe de um adolescente autista.
“Estou aqui como mãe de autista, membro de associação e como vereadora. Recebi o convite com muita alegria, porque a gente não via muito esse debate, principalmente trazendo as mães. Hoje a defensoria avançou aproximando o município, o estado e as mães na solução de um problema de longa data, e esperamos que este ano seja marcado por mais avanços”, reforçou a vereadora.
Representando a Associação de Amigos dos Autistas, Neurodiversos e Pessoas com Doenças Raras de Mato Grosso (Amand-MT), Diony Souza, relatou as dificuldades para que a inclusão aconteça de forma efetiva. Ela é mãe de um menino autista de 4 anos, nível moderado.
“Temos muitas lutas para que a inclusão se torne real. O ano letivo dos nossos filhos começa bem depois das outras crianças por não ter acompanhante e perdem um tempo de aula. A avaliação é feita baseada na cara do paciente, e desconsiderando o laudo médico. Muitas vezes desistem dos nossos filhos por não saberem lidar com eles. Os pais ficam sem saber o que fazer”, contou.
A reunião foi conduzida pelas defensoras Rosana Leite e Olzanir Figueiredo Carrijo, do Núcleo de Direitos Difusos e Coletivos, e contou com representantes das secretarias de educação municipal,estadual, e mães de alunos autistas.
“É uma demanda muito importante, inclusiva e como encaminhamento nós decidimos aguardar o início do ano letivo, tanto no município, quanto no Estado. Havendo reclamações quanto à inclusão dessas crianças e adolescentes no ambiente escolar, nós seremos acionados para tomar as medidas necessárias”, pontuou a defensora Rosana Leite.
Assessoria/Caminho Político
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