O governador Mauro Mendes (União) rebateu a reportagem vinculada no Jornal Nacional na noite dessa segunda-feira (6), que relatou o imbróglio VLT x BRT, e acusou o consórcio responsável pela obra do Veículo Leve sob Trilhos (VLT) de encomendar a matéria para manchar a imagem do novo modal, o Bus Rapid Transit (BRT). De forma irônica, Mauro disse que o “estudioso” que aparece na matéria não conhece a realidade de Mato Grosso. “Quem falou isso? Um estudioso? Estudioso nunca veio a Mato Grosso, esse cara nem conhece aqui, fica dando palpite. A decisão [de troca do VLT pelo BRT] já foi tomada, fundamentada em estudo técnico, blá, blá, blá, blá. Já falamos isso 200 vezes. Agora, é óbvio que a empresa, o consórcio que tem que devolver através de uma ação judicial, mais de R$ 1 bilhão, vai contratar um estudioso aqui, uma matéria acolá. É uma tentativa e ele [o consórcio] está assim esperneando há muito tempo. A obra já iniciou, está lá em Várzea Grande andando”, disse Mauro Mendes à imprensa na manhã desta terça-feira (7).
A reportagem do Jornal Nacional trouxe um depoimento do coordenador de Mobilidade Urbana do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, Rafael Calabria, que disse que a troca de VLT para BRT é um retrocesso. Calabria ainda disse que os trilhos do VLT trariam uma “sustentabilidade, em capacidade de passageiros e na diversidade de opção que a cidade vai ter são muito melhores do que no BRT”.
Mauro lembrou da briga jurídica que envolve o modal. Segundo ele, a troca para o BRT já foi reconhecida juridicamente pela justiça e que não há mais o que se discutir. Portanto, uma reportagem como essa seria uma forma do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande de espernear, haja vista que perdeu na justiça o processo que determina o fim do contrato, tendo sido obrigado a restituir uma quantia bilionária ao governo de Mato Grosso por não ter finalizado a obra.
Novos capítulos
Nessa segunda (6), o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), afirmou à imprensa que a Prefeitura da Capital não deu o aceite para o início das obras do (BRT) devido às falhas no projeto enviado pelo Governo do Estado. De acordo com Stopa, a situação já foi informada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), e também ao Judiciário de Mato Grosso.
“Recebemos um documento para a gente aprovar o BRT, que é o maior crime com a baixada cuiabana, é preciso deixar claro isso. Já respondemos ao TCE e ao Tribunal de Justiça apontando algumas falhas do projeto do BRT, e vamos aguardar que o governo devolva com essas falhas corrigidas para que a gente possa reanalisar”, informou o integrante da administração municipal.
Entre as falhas apontadas pelo Executivo municipal está a ausência da especificação dos terminais. “Eles não dizem onde vão ser as estações, não dizem como vai ser o pavimento, como vai ser a drenagem”, completou.
Em dezembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou em definitivo as obras de implantação do Bus Rapid Transit (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande.
Diante disso, as obras da implantação do BRT já iniciaram em Várzea Grande, com a retirada dos trilhos que haviam sido implantados para receber o VLT. Está prevista a construção de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande.
Assessoria/Caminho Político
@caminhopolitico CP Web
Instagram: @caminhopoliticomt
(1).jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário