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sábado, 6 de maio de 2023

A vereadora Edna Sampaio (PT) comentou a abertura de inquérito contra o vereador Dilemário Alencar (Podemos)

A vereadora Edna Sampaio (PT) comentou a abertura de inquérito contra o vereador Dilemário Alencar (Podemos) com base na queixa-crime protocolada em março deste ano por ela junto à Superintendência Regional da Polícia Federal em Mato Grosso contra o parlamentar por violência política de gênero. O inquérito está registrado sob o nº 2023.0024024, e sob a responsabilidade do Delegado Célio Henrique Souza dos Santos. Edna se amparou na lei federal 14.192/21, que defende os direitos de participação política da mulher e que considera violência política de gênero “toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos da mulher”.
Na queixa-crime, ela denunciou o discurso feito pelo parlamentar durante uma sessão ordinária no final de fevereiro, na qual, ao comentar sobre o desligamento da ex-chefe de gabinete da vereadora, ele teceu ataques à parlamentar, colocando em cheque meu caráter, suas bandeiras, e questionando sua trajetória de defesa das mulheres e acusando-a de práticas ilegais na exoneração da ex-servidora, as quais não foram provadas.
A parlamentar informou que vai anexar ao processo também a fala feita por Alencar contra ela na sessão ordinária desta quinta-feira (4), onde ele novamente a atacou moralmente ao acusá-la de ter mentido à Comissão dos Direitos da Mulher ao dizer que a demissão de sua ex-servidora aconteceu de comum acordo e de maneira harmônica.
“Espero que, finalmente, possamos fazer esse processo andar e que as pessoas compreendam que não dá para aceitar nenhum tipo de violência de gênero com o intuito claro, na política, de interditar o mandato de uma mulher”, disse ela.
“Já somos muito poucas. Já temos muitas dificuldades para acessar o direito de representarmos a população e não podemos admitir que, por vias completamente antiéticas e à margem da lei, a política seja feita como a extensão da violência contra as mulheres. Precisamos acabar com isso”.
Fake news
Nesta quinta-feira (4), a vereadora também protocolou junto ao Juizado Especial do Poder Judiciário ação por danos morais contra o jornalista Romilson Dourado e o responsável pelo site Repórter MT pelos crimes de injúria, calúnia e difamação devido à divulgação de notícias falsas sobre o suposto desvio do recurso da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete.
A vereadora contestou a notícia sobre uma suposta investigação do Ministério Público Estadual sobre o caso, destacando que apresentou uma certidão negativa do órgão, e afirmou que sua equipe fez contato com a ex-servidora exonerada, que negou a autoria da denúncia.
“Fico muito feliz que a Polícia Federal tenha aberto o inquérito e vou anexar também a fala que foi feita [pelo vereador] anteontem com uma série de ilações a meu respeito e suposições como se fossem verdades, baseando sua fala em uma fake news, uma notícia sem o menor fundamento que começou na manhã através de um site de notícias”, disse.
“Respeito os sites e sei que tem muitos jornalistas importantes ali. Respeito todos os jornalistas, sei de sua importância para a democracia. Por isso mesmo, não podemos admitir que, em nome e sob o manto do jornalismo, se produza fake news com o claro objetivo de atacar uma pessoa pública que tem sua conduta ilibada”.
Assessoria/Caminho Político
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