Depois de alegar que não poderia comparecer à audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), sem apresentar datas alternativas ou sugerir que os membros da comissão definissem uma nova data, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), mudou de ideia e confirmou sua presença na sessão agendada para esta quinta-feira (17). A mudança de postura veio após ele ser fortemente criticado, forçando-o a abandonar a justificativa de uma “extensa agenda ministerial”. Fávaro foi convocado pelos membros da CPI do MST para prestar esclarecimentos sobre as invasões promovidas pelo movimento. Nesta quarta-feira (6), ele participou de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e esteve presente na Marcha das Margaridas, um evento realizado a cada quatro anos, que defende as demandas políticas das mulheres trabalhadoras rurais. A falta do ministro havia sido comunicada à comissão por meio de uma ligação do Ministério da Agricultura, realizada nesta terça-feira (15). Situação que gerou desconforto entre os membros. O relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), inclusive o chamou de “fujão” e “traidor do agro”.Contudo, no início da tarde (16), Fávaro ligou para o presidente da comissão, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), para informar que havia mudado de ideia e estaria presente na audiência.
Edy Santiago/Caminho político
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