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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Explosões no Irã matam mais de cem e elevam tensão na região

Duas bombas foram detonadas durante cerimônia em memória do general Soleimani, morto em 2020 em ataque de drone dos EUA. Atentado pode ser o mais letal em solo iraniano desde a Revolução Islâmica de 1979. Duas explosões mataram ao menos 103 pessoas nesta quarta-feira (03/01) no Irã, durante uma cerimônia em homenagem a um general iraniano assassinado em um ataque de drone dos EUA em 2020. O incidente tem potencial para agravar ainda mais as tensões no Oriente Médio, já exacerbadas pela guerra entre Israel e o grupo radical palestino Hamas.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado no evento em memória do general Qassim Soleimani, ex-líder da poderosa Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, unidade de elite responsável pelo serviço de inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior.
O atentado na cidade de Kerman, a 820 quilômetros a sudeste de Teerã, parece ser o mais letal no país desde a Revolução Islâmica que instaurou o regime liderado pelos aiatolás, em 1979.
Imagens compartilhadas em redes socias e na mídia iraniana sugerem que a primeira explosão ocorreu a cerca de 700 metros da sepultura de Soleimani no Cemitério dos Mártires de Kerman, enquanto um grande número de pessoas aguardava em longas filas para prestar suas homenagens ao general.
O ministro iraniano do Interior, Ahmad Vahidi, disse que o segundo artefato explodiu cerca de 20 minutos depois, causando a maioria das mortes e ferimentos. Relatos no local dão conta que a segunda detonação atingiu a multidão enquanto as pessoas fugiam do local. O incidente deixou ao menos 211 feridos.
As autoridades iranianas decretaram luto nacional nesta quinta-feira.
Regime iraniano coleciona inimigos
O Irã possui um grande número de grupos rivais que poderiam estar por trás do atentado, como organizações militantes, grupos de exilados iranianos e agentes de outros países.
Israel já realizou ataques no Irã em razão de seu programa nuclear, inclusive com assassinatos pontuais, mas não ataques em massa como o desta terça-feira.
Grupos extremistas sunitas, incluindo o "Estado Islâmico" (EI), atingiram o país no passado com atentados em larga escala, matando um grande número de civis da maioria xiita iraniana. Esses grupos, no entanto, não agiram contra a relativamente pacífica cidade de Kerman.
O Irã vem enfrentando nos últimos anos uma série de protestos em massa. A morte da jovem Mahsa Amini, em 2022, gerou uma onda de revolta no país. Ela morreu sob custódia da polícia, depois de ter sido presa por supostamente não usar o véu islâmico da maneira adequada.
Teerã também coleciona desafetos em razão de seu apoio a organizações radicais como o Hamas, a milícia xiita libanesa Hisbolá, e os rebeldes houthi no Iêmen.
Com a guerra travada por Israel na Faixa de Gaza após os ataques do Hamas que mataram mais de 1,2 mil pessoas em Israel em outubro do ano passado, o Hisbolá e os houthi deram início a uma série de ataques a alvos israelenses, dizendo agir em nome dos palestinos.
Israel também é o principal suspeito de um ataque ocorrido nesta terça-feira em Beirute, que matou o vice-líder do Hamas no Líbano Saleh al-Aruri, em uma região densamente povoada na capital libanesa.
Raisi promete punir os culpados
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou o atentado em Kerman e prometeu punir os culpados. "Sem dúvida, os perpetradores e comandantes desse ato covarde serão logo identificados e punidos por suas ações repugnantes", afirmou.
Em Beirute, o líder do Hisbolá, Hassan Nasrallah, condenou o atentado e disse que as pessoas mortas no ataque são "mártires que morreram na mesma estrada, causa e batalha lideradas por Soleimani".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ofereceu suas condolências após o que chamou de "ataque terrorista repugnante".
A União Europeia (UE) divulgou uma declaração expressando "solidariedade com o povo iraniano". O presidente russo, Vladimir Putin, classificou o ataque como "cruel e cínico".
Herói nacional assassinado pelos EUA
O general Qassim Soleimani, que foi uma espécie de arquiteto das atividades militares iranianas no Oriente Médio, é tido como um herói nacional pelo regime teocrático iraniano.
Entre suas atuações na região, ele ajudou a preservar o governo do presidente da Síria, Bashrar al-Assad, durante as revoltas de 2011 na Primavera Árabe que resultaram na guerra civil no país, que continua até os dias atuais.
Sua popularidade no Irã aumentou durante a invasão americana no Iraque em 2003, quando ele se tornou alvo dos EUA por ajudar grupos radicais a colocarem bombas em estradas que mataram e mutilaram soldados americanos.
Uma década mais tarde, Soleimani se tornaria o principal e mais conhecido líder militar iraniano. Ele rejeitou o clamor popular para que entrasse para a política, embora fosse tão ou mais poderoso do que as lideranças civis do país.
O assassinato do general, ocorrido durante o governo do presidente Donald Trump, agravou as tensões entre Washington e Teerã e resultou na saída iraniana do acordo nuclear entre o regime islâmico e o Ocidente.
Até esta quarta-feira, o ataque mais mortal realizado em solo iraniano desde a Revolução Islâmica havia sido o atentado com um caminhão-bomba à sede do Partido Islâmico Republicano em Teerã, que matou 72 pessoas, incluindo quatro ministros de Estado, oito 8 vice-ministros e 23 parlamentares.
rc/bl (DPA, Reuters)Caminho Político
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