Iryna Farion, uma professora universitária ex-deputada nacionalista ucraniana foi morta a tiros em Lviv, anunciou o ministro do Interior, Ihor Klymenko, na madrugada deste sábado (20/07). Segundo a mídia local, Farion, de 60 anos, foi baleada na cabeça do lado de fora de sua casa na noite de sexta-feira por um atirador desconhecido. Mais tarde, ela morreu em decorrência dos ferimentos em um hospital local. O atirador conseguiu fugir.O ministro Klymenko disse que as autoridades estavam examinando várias teorias para explicar o assassinato."As principais teorias atualmente em consideração são a animosidade pessoal e as atividades sociais e políticas da Sra. Farion. Não descartamos a possibilidade de que tenha sido um assassinato encomendado", escreveu Klymenko no serviço de mensagens Telegram.O presidente ucraniano Volodimir Zelenski condenou o assassinato e ordenou que Klymenko e o chefe do Serviço de Segurança, Vasyl Maliuk, solucionassem o crime. Ele disse que todas as linhas de investigação estavam sendo investigadas, "inclusive uma que levava à Rússia”, país com o qual a Ucrânia está em guerra.O partido nacionalista Svoboda, do qual Farion era membro, culpou Moscou pela morte em um comunicado, sem fornecer provas.Margarita Simonyan, editora-chefe da emissora estatal russa RT, celebrou a morte da ex-deputada, mas não afirmou que Moscou fosse responsável por ela."Iryna Farion, que sonhava com a 'eliminação completa' da população de língua russa, foi eliminada”", disse Simonyan em um post no Telegram.Com formação em linguista, Farion foi deputada entre 2012 e 2014 pelo partido de ultradireita Svoboda no parlamento da Ucrânia. No período, ela ficou conhecida por suas declarações em defesa do idioma ucraniano e por criticar severamente o uso do russo na sociedade ucraniana, inclusive por autoridades e soldados, muitas vezes insultando os falantes de russo.Em 2023, Farion disse que os verdadeiros patriotas da Ucrânia não deveriam falar russo em nenhum ambiente, inclusive nas linhas de frente, pois esse é o idioma do país agressor. Ela descreveu o russo como “o idioma do inimigo, que mata, discrimina, insulta e estupra”.O ucraniano é o único idioma oficial do país, mas parte da população, especialmente no sul e no leste da Ucrânia, fala russo como idioma principal.A própria Farion era da cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, que é predominantemente de língua ucraniana.Após protestos de estudantes, ela chegou a perder temporariamente seu cargo de professora de língua ucraniana na Universidade de Lviv, mas foi reintegrada após uma decisão judicial.Ela também havia criticado o fato de os membros do regimento Azov da Ucrânia continuarem a falar sua língua materna, o russo. A milícia ultranacionalista Azov foi integrada ao exército ucraniano em 2014 e foi uma força importante na defesa da cidade de Mariupol, na região de Donetsk, no leste do país. A cidade foi capturada pelas tropas russas em maio de 2022, após um cerco que durou quase três meses.jps (DW, ots)Caminho Político@caminhopolitico cpwebCurta nosso Instagram: @caminhopoliticomtCurta nosso facebook: /cp.web.96
sábado, 20 de julho de 2024
CAMINHO POLÍTICO NA UCRÂNIA: Ex-deputada nacionalista é assassinada na Ucrânia
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