A chegada da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) ao Mato Grosso, prevista para 2025, representa um marco na logística do estado, trazendo benefícios que vão além da eficiência no escoamento da produção agrícola. A construção da ferrovia, que ligará a Ferrovia Norte-Sul em Mara Rosa (GO) até Água Boa (MT), promete reduzir a dependência do transporte rodoviário, uma necessidade urgente considerando os altos índices de acidentes graves envolvendo carretas no estado. Um exemplo recente da tragédia nas estradas mato-grossenses foi o acidente que vitimou o policial militar Robson, ocorrido no último fim de semana enquanto ele estava em serviço. O avanço das obras da FICO, que atualmente está em fase de infraestrutura em Goiás, com previsão de início dos trabalhos em Mato Grosso no próximo ano, é visto como uma solução para minimizar o fluxo intenso de caminhões nas rodovias do estado. Atualmente, grande parte da produção agrícola do Mato Grosso é transportada por caminhões até Rondonópolis, onde segue por via ferroviária até os portos de exportação. Com a FICO, essa logística será otimizada, permitindo que a produção seja transportada diretamente por trilhos para o Porto de Itaqui, no Maranhão, ou para o Porto de Santos, em São Paulo.
O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, ressalta que a ferrovia, além de contribuir para a segurança viária, poderá reduzir em cerca de 25% o custo do frete para os produtores da região. Essa redução não só aumenta a competitividade do agronegócio mato-grossense, como também alivia as rodovias, diminuindo o risco de acidentes fatais, como o que ceifou a vida do PM Robson.
Além da FICO, outras ferrovias estão em desenvolvimento na região, como a Ferrogrão e a Ferronorte, que também visam melhorar o escoamento da produção e reduzir o transporte rodoviário. Com a conclusão dessas obras, previstas para 2028 e 2031, respectivamente, espera-se que o transporte ferroviário ganhe força, proporcionando um ambiente logístico mais seguro e eficiente.
A expectativa é que, com a conclusão da FICO, regiões como o Vale do Araguaia, historicamente conhecidas como “Vale dos Esquecidos”, vejam um impulso significativo em seu desenvolvimento econômico. Para produtores como Zênio Souza, de Água Boa, a ferrovia é mais que um projeto de infraestrutura; é a realização de um sonho que promete transformar a realidade agrícola e pecuária da região, garantindo não só melhores condições de transporte, mas também uma nova perspectiva de crescimento e segurança.
Assessoria/Caminho Político
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