Vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB) foi preso na manhã desta sexta-feira (20), pela equipe da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-MT), durante a segunda fase da operação Ragnatela, que apura um esquema envolvendo a facção criminosa Comando Vermelho e agentes públicos da cidade. Paulo concorre a reeleição no pleito municipal de 2024. Em junho deste ano, na primeira fase da operação, Paulo chegou a ser alvo de busca e apreensão. Ele teve o celular apreendido, bem como um veículo. Na data, ele foi apontado como interlocutor entre a facção criminosa e agentes públicos. De acordo com as investigações, o parlamentar receberia benefícios financeiros do grupo. O coordenador do cerimonial da Câmara de Cuiabá, Rodrigo de Souza Leal, teve a prisão preventiva decretada, seria indicação de Paulo Henrique. Ele assumiu o cargo em 2023 com salário de R$ 5 mil.
Esquema
Consta na investigação que criminosos compraram uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie. Além disso, 4 casas de shows tiveram as atividades suspensas e contas dos alvos foram bloqueadas.
Os criminosos contavam ainda com apoio de agentes públicos, que fiscalizavam os locais e expediam licença para a realização dos shows sem a documentação necessária. A facção determinava ainda que não fossem contratados artistas de outros estados onde a facção rival é atuante, como, por exemplo, São Paulo.
A Força-tarefa lembra do show de MC Daniel, em 2023, quando ele foi hostilizado e saiu escoltado pela polícia. O integrante da facção criminosa, que promoveu o show do cantor, foi punido pela facção sob pena de ficar sem produzir eventos e trazer shows para Cuiabá por dois anos.
Assessoria/Caminho Político
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