O bilionário da tecnologia Elon Musk, agora chefe do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), manifestou sua opinião sobre emissoras de mídia financiadas pelo governo dos Estados Unidos. Neste domingo, Musk defendeu o encerramento das operações da Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL) e da Voice of America (VOA). Segundo ele, essas emissoras são irrelevantes nos dias atuais e representam um desperdício dos recursos públicos.
A RFE/RL foi fundada em 1950 com o objetivo de disseminar propaganda pró-americana e anti-soviética na Europa, inicialmente sob controle da CIA. Já a Voice of America foi criada na década de 1940 para combater a propaganda nazista e, em 1947, passou a focar na União Soviética. Ambas emissoras continuam a ser financiadas pelo Congresso dos EUA, sendo supervisionadas pela Agência dos EUA para Mídia Global (USAGM), uma agência federal americana.
Musk estava respondendo a um comentário feito por Richard Grenell, enviado especial do ex-presidente Donald Trump, que criticou as emissoras em uma publicação no X (antigo Twitter):
“A Radio Free Europe e a Voice of America são emissoras financiadas pelos contribuintes americanos. É uma mídia estatal. Essas emissoras estão cheias de ativistas de esquerda radical. Trabalhei com esses repórteres por décadas. É uma relíquia do passado. Não precisamos de emissoras de mídia financiadas pelo governo”, declarou Grenell.
Respondendo à publicação, Musk apoiou a ideia de descontinuar as emissoras:
“Sim, feche-as. A Europa está livre agora (não contando a burocracia sufocante). Ninguém mais as escuta. São apenas pessoas loucas da esquerda radical falando entre si enquanto queimam US$ 1 bilhão por ano do dinheiro dos contribuintes americanos.”
Mudanças ao Longo do Tempo e Críticas Recentes
Originalmente chamada “Radio Liberation from Bolshevism”, a RFE/RL passou a se chamar “Radio Liberty” em 1956, em uma tentativa de adotar um tom mais alinhado à ideia de “liberalização” em vez de “libertação”.
Nos últimos anos, as operações dessas emissoras têm enfrentado resistência em diferentes partes do mundo. Em 2020, a Rússia classificou a RFE/RL como “agente estrangeiro” e, em 2022, proibiu sua operação sob a alegação de disseminar informações falsas sobre o conflito na Ucrânia. Em 2024, a joint venture entre a VOA e a RFE/RL, conhecida como Current Time, também foi incluída na lista negra do governo russo.
Oposição ao Financiamento Público de Mídia
Tanto Musk quanto Grenell têm demonstrado forte oposição ao financiamento governamental de organizações de mídia, argumentando que esses recursos deveriam ser destinados a outras prioridades. Musk já criticou pagamentos federais a veículos como Politico, Associated Press e The New York Times, alegando que isso representa um uso ineficiente do dinheiro dos contribuintes. Ele e sua equipe estão trabalhando para eliminar esses pagamentos.
Segundo Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, o governo dos EUA gastou mais de US$ 8 milhões em assinaturas de mídia apenas com o Politico. Grenell também reiterou essa posição no X:
“O governo dos EUA deve parar de pagar por assinaturas de mídia. Agora.”
Orçamento Atual das Emissoras
Os gastos das emissoras são significativos. Em 2024, o orçamento da VOA foi de US$ 267,5 milhões, enquanto a RFE/RL operou com US$ 142,2 milhões. A USAGM, que supervisiona ambas as emissoras, solicitou um orçamento total de US$ 950 milhões para 2025, alegando alcançar uma audiência semanal de 427 milhões de pessoas em 64 idiomas e em mais de 100 países.
Musk e o Departamento de Eficiência Governamental
Em sua nova posição como “funcionário especial do governo”, Musk foi nomeado por Trump para liderar o DOGE, um órgão temporário focado na redução de gastos públicos. Sua defesa pelo fechamento de emissoras como a RFE/RL e a VOA reflete seu compromisso com a agenda de austeridade fiscal e eficiência governamental.
Assessoria/Caminho Político
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