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domingo, 16 de março de 2025

Bolsonaro reúne milhares de apoiadores em Copacabana antes do julgamento de denúncia de golpe

Aos gritos de "Anistia, já", milhares de pessoas ocuparam parte da orla de Copacabana na manhã deste domingo, em uma demonstração de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro em meio à tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) de denúncia contra ele por golpe de Estado, após derrota na eleição presidencial de 2022.
Bolsonaro convocou apoiadores para o ato tendo como pauta a anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 -- uma ação apontada pela Polícia Federal como parte da tentativa de golpe de Estado que teria o ex-presidente como líder.
Os manifestantes enfrentam o sol e o calor de Copacabana com roupas verde e amarelo, cartazes e palavras de ordem em defesa da anistia e do ex-presidente, como "Volta, Bolsonaro" e "Saudades do meu ex".
O ato foi marcado pelo tom político, com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à inflação e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O pastor Silas Malafaia, apoiador de Bolsonaro, chamou Lula de "ladrão" e "líder de quadrilha", além de qualificar Moraes como "criminoso" e "ditador".
"Há seis anos presidiu inquérito de fake news. É ilegal e imoral, porque não tem participação do Ministério Público", disse Malafaia em relação a Moraes. "É crime de opinião de Alexandre Moraes num Estado democrático de direito."Bolsonaro, que nega a acusação, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no mês passado e agora aguarda a análise da denúncia pela Primeira Turma do STF no dia 25 de março, para saber se vai virar réu perante a Suprema Corte.
A denúncia posiciona Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que agiu para contrariar o resultado das urnas após a derrota na eleição de outubro de 2022 para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Bolsonaro, são denunciados no caso a ser julgado pelo STF neste mês, entre outros, o general da reserva Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o general da reserva Walter Braga Netto, que além de ministro da Casa Civil e da Defesa de Bolsonaro foi seu companheiro de chapa na eleição de 2022.
Em caso de condenação por todos os crimes a que foi denunciado, as penas de Bolsonaro poderiam variar de 12 anos a mais de 40 anos de prisão.
Além da denúncia no STF e de outros processos que ainda enfrenta, Bolsonaro está inelegível até 2030 por conta de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político na campanha eleitoral de 2022.
A anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro está em tramitação no Congresso Nacional, e Bolsonaro tem dito que o projeto já conta com votos suficientes na Câmara dos Deputados para ser aprovado.
No entanto, um projeto de lei complementar que altera a Lei da Ficha Limpa -- reduzindo o prazo de inelegibilidade de 8 para 2 anos a políticos condenados, o que poderia beneficiar Bolsonaro -- ainda precisa de tempo para amadurecer, segundo o ex-presidente.
Rodrigo Viga Gaier, do Rio de Janeiro/Reuters/Caminho Político
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