Nomeado nesta sexta-feira (2) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar o Ministério da Previdência Social, Wolney Queiroz passou a ser atacado pela mídia comercial menos de 24 horas após sua indicação. Os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo publicaram neste sábado (3) reportagens em que tentam associar Queiroz ao caso de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS, tema investigado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União no âmbito da Operação Sem Desconto.
A matéria se baseia em registros da 296ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), realizada em 12 de junho de 2023, quando Wolney ocupava o cargo de secretário-executivo do então ministro Carlos Lupi, que pediu demissão após pressão pelas revelações da PF.
Segundo a ata da reunião, quem apresentou a denúncia sobre os descontos foi Tonia Galleti, representante do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). Ela afirmou ter solicitado a inclusão do debate sobre os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) entre o INSS e entidades com permissão para descontos em folha, mas o pedido foi recusado sob a justificativa de que a pauta já havia sido fechada.
Mesmo assim, Galleti reiterou a importância da discussão, mencionando o aumento no número de denúncias, e propôs que fossem divulgados dados sobre as entidades conveniadas, a curva de crescimento de associados nos últimos 12 meses e sugestões para uma regulação mais rígida.
Carlos Lupi considerou pertinente a sugestão, mas alegou que seria necessário um levantamento de dados, o que inviabilizaria o debate naquele momento. Em sua resposta, declarou: “para proteger o sistema, estamos iniciando a utilização de token”. A partir daí, o então secretário-executivo Wolney Queiroz conduziu a sequência da reunião com base na pauta pré-definida. O tema, entretanto, não voltou a ser abordado na reunião seguinte, da qual Galleti não participou.
O assunto só retornou à pauta do Conselho Nacional de Previdência Social quase um ano depois, em 24 de abril de 2024.
Embora estivesse presente nas reuniões, não há na ata qualquer citação de que Wolney Queiroz tenha se oposto ao debate nem que tenha se omitido diante das denúncias. Ainda assim, o Estado de S. Paulo e o Globo tentam colocá-lo como corresponsável por supostas omissões de Carlos Lupi.
Ao não trazer elementos novos nem apontar qualquer ato de gestão de Queiroz, o jornal parece dar início a uma estratégia de desgaste precoce, antecipando um padrão já conhecido de setores da grande imprensa.
Assessoria/Caminho Político
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