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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Músico de BH acusado de profanar igreja católica vai à Justiça; entenda

O cantor, compositor e multi-instrumentista belo-horizontino Sérgio Pererê recorreu à Justiça a fim de retirar um vídeo das redes sociais com “conteúdo racista”, conforme expressou o artista em seu perfil no Instagram. O pedido liminar foi protocolado na última terça-feira (17/6).
No vídeo, a narradora faz críticas à apresentação de Sérgio na Igreja Nossa Senhora das Dores, em Ouro Preto, na Região Central de Minas, realizada em 1º de junho. Na ocasião, o artista interpretou composições autorais do álbum "Canções de bolso", que contém sonoridade em tom de leveza e faz alusão aos livros de bolso com mensagens. A performance aconteceu como parte da programação do projeto "Fado em cidades históricas".
Dois dias depois, Sérgio publicou um vídeo com trechos da apresentação e comentou sobre uma das músicas que ele cantou. "A canção 'Kassumai Keb', escrita na língua Diola, foi feita após minha viagem à Guiné-Bissau em abril de 2025, quando fui reencontrar meus ancestrais do povo Felupe! Lá, fui batizado, após um teste ancestral, com o nome Kulalu Bamai.
No último dia 9, a página Guerreiro da Santa Igreja, no Instagram, criticou a performance. “O artista é livre para fazer o show que ele quiser, mas fora da igreja católica, já que ele não é cristão. Ele se diz espiritualista, porém as músicas dele são denominadas ‘samba de preto velho’ ou ‘conversas de terreiro’, dentre outras barbaridades. Dentro da igreja católica, isso é sacrilégio, blasfêmia e pecado”, diz a narradora do vídeo. Na legenda que acompanha a publicação, a apresentação do músico é retratada como “profanação”.
Para o músico, o discurso apresentado no vídeo é impregnado de racismo e intolerância religiosa. “Enquanto artista negro, filho de benzedeira e rei no Congado, é muito legítimo ocupar o espaço de uma igreja. Afinal, é sabido que as igrejas das cidades históricas de Minas Gerais foram construídas com a força, o coração e o sangue dos meus ancestrais”, declarou Sérgio ao publicar nota de repúdio em 10 de junho.
Sérgio Pererê entrou com ação e pedido liminar no mesmo dia em que o conselho consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou, por unanimidade, os “Saberes do Rosário: Reinados, Congados e Congadas” como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
De modo geral, o trabalho de Sérgio Pererê, que também é ator e diretor musical, transita pela experimentação e a tradição, entrelaçando temas cotidianos e elementos de matriz africana, como o culto à ancestralidade e aos orixás.
Bruno Luis Barros/Caminho Político
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