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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Nelma Kodama pede anulação de todos os atos de Sergio Moro na Lava Jato

A doleira Nelma Kodama, condenada a 18 anos de prisão pela Operação Lava Jato, pediu nesta terça-feira (17) ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a anulação das decisões do então juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR) no caso.
No documento, a defesa de Kodama aponta que Moro era um “juiz parcial e suspeito, que agiu em conluio com procuradores da força-tarefa de Curitiba”. Os advogados citam que mensagens trocadas pelos procuradores da Lava Jato, especialmente entre o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) e Moro, são “provas concretas” de “um conluio entre o Ministério Público e o magistrado para articular estratégias processuais que resultassem na maior efetividade punitiva aos acusados, em clara ofensa aos princípios basilares do Processo Penal e do sistema acusatório”.
Tais conversas foram vazadas pelo hacker Walter Delgatti Neto e apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing, em 2019. O episódio ficou conhecido como “Vaza Jato” e serviu como base para a Justiça decidir pela suspeição de Moro na condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi preso em 2018 e estava cumprindo a sentença de nove anos e seis meses de prisão definida pelo ex-juiz.
Com isso, a sentença foi anulada e o petista foi liberto em novembro de 2019, após 580 dias de cárcere. Além de citar o presidente da República, a defesa de Kodama também aponta em um dos exemplos o caso do ex-ministro José Dirceu (PT) para justificar o pedido de anulação. Em outubro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes determinou a anulação de todos os atos processuais do ex-juiz Sergio Moro em duas ações penais contra Dirceu no âmbito da Lava Jato.
O magistrado concluiu em sua ordem que a acusação contra José Dirceu pelos procuradores da Lava Jato era um ensaio da denúncia que seria oferecida mais adiante contra Lula. O ministro escreveu em sua decisão, na época, que o tempo revelou que Sergio Moro "nutria um projeto de poder próprio, baseado em uma plataforma política que se dizia alternativa aos partidos tradicionais”.
O ex-juiz e hoje senador sempre negou qualquer irregularidade e rechaça as acusações de que atuou de maneira parcial. Anteriormente, em maio, a Segunda Turma do STF já havia decidido extinguir a condenação imposta ao ex-ministro pelo crime de corrupção passiva em um processo da operação.
A maioria dos ministros considerou que houve prescrição ou esgotamento do prazo para o Estado fixar ou executar uma pena. A CNN entrou em contato com Moro e Dallagnol e aguarda posicionamento. Quem é Nelma Kodama A doleira ficou conhecida pelo seu envolvimento no esquema de corrupção revelado pela Lava Jato. Em 2014, ela foi condenada em primeira instância a 18 anos de prisão e é considerada a primeira delatora da operação. Kodama foi ex-namorada do doleiro Alberto Youssef, que também foi condenado na Lava Jato e assinou delação premiada.
Na CPI da Petrobras, em 2015, ela teve notoriedade ao cantar o refrão da música “Amada amante”, de Roberto Carlos, na sessão da Comissão quando descrevia a relação com Youssef. Ela é a protagonista do documentário “A doleira”, que estreou na Netflix em junho de 2024. Em abril de 2022, Kodama foi presa em Portugal por envolvimento com tráfico internacional de cocaína. Ela foi extraditada e retornou ao Brasil em outubro do mesmo ano. Em junho de 2024, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) concedeu liberdade provisória para Nelma, que antes cumpria prisão domiciliar.
Alice Groth/Teo Cury/Caminho Político
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