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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Mauro Cid diz que Filipe Martins mudou decreto golpista a pedido de Bolsonaro e mostrou a militares

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou nesta segunda-feira, 14, em audiência de testemunhas no Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-assessor da Presidência Filipe Martins fez alterações a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na minuta com medidas de exceção para reverter o resultado das eleições de 2022. Martins nega participação.
Ainda segundo Cid, que prestou depoimento na condição de informante, Filipe Martins teria exibido os “considerandos” do decreto golpista em reunião com Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas na biblioteca do Palácio da Alvorada, nos últimos meses de 2022.
O tenente-coronel disse em resposta ao ministro-relator das ações penais da trama golpista, Alexandre de Moraes, que Martins se reuniu com Bolsonaro no final de 2022 e saiu do encontro com o decreto golpista “rabiscado”. Os rabiscos seriam as alterações pedidas pelo então presidente.
“Foi quando ele pegou o computador para fazer as modificações sugeridas pelo presidente”, disse Cid. “O documento em si, propriamente dito, era composto de prisão de autoridades, decretação de novas eleições e novas medidas relacionadas a ações em torno disso aí”, prosseguiu.
Cid ainda declarou que Martins participou em outras oportunidades das reuniões realizadas por Bolsonaro para reverter o resultado das eleições presidenciais. O tenente-coronel já havia mencionado esses encontros do ex-assessor com Bolsonaro em outros depoimentos prestados no curso do processo.
O advogado de Felipe Martins, doutor Jeffrey Chiquini, confrontou Cid com o depoimento do ex-comandante do Exército Freire Gomes, que disse não lembrar da participação do ex-assessor nas reuniões com Bolsonaro. Cid, por sua vez, reforçou que tanto Martins quanto Freire Gomes estiveram em alguns desses encontros.
‘Ostensivo e acintoso’
Cid também foi questionado sobre a atuação de outros réus na trama golpista, como o general da reserva Mario Fernandes. Segundo o tenente-coronel, o militar que comandou as Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos’“, estava “bem ostensivo e acintoso” no pós-eleição que terminou com a derrota de Bolsonaro.
“(Mario Fernandes) não estava falando só com o presidente e isso reverbera em grupos militares”, afirmou Cid. “Ele procurava o presidente, estava sempre com uma visão mais, digamos assim, radical da das ações”.
Assessoria/Weslley Galzo/Caminho Político
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