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quarta-feira, 16 de julho de 2025

O prefeito-tiktoker está bastante enrolado com a Justiça

Deparamo-nos com o inefável prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), num desses programas moderninhos da internet, em que os entrevistadores disparam qualquer coisa e o entrevistado fala o que quer. Um episódio de arremesso indiscriminado de dejetos no ventilador, sem qualquer aprofundamento temático.
Manga é uma figura e tanto, por pitoresco. Bolsonarista, daqueles de mandar os postos de saúde distribuírem kits-cloroquina na pandemia, adota um discurso “empreendedor” à moda Pablo Marçal misturado com um assistencialismo barato. É evangélico e julga-se carismático.
Porém, o que diferencia o prefeito é o número de casos de corrupção nos quais é investigado.
Em abril deste ano, a Operação Copia e Cola da Polícia Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão, incluindo a residência e o gabinete do alcaide sorocabano. Apuravam-se - e ainda se apuram, portanto Manga ainda não foi formalmente indiciado - fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa em contratos de saúde envolvendo 100 milhões de reais. Foi apreendido 1,76 milhão de reais em espécie e carros de luxo. A PF pediu sequestro de bens dos investigados no limite de 20 milhões de reais.
Em maio de 2023, a Justiça bloqueou bens de Rodrigo Manga e do então secretário de Educação de Sorocaba Márcio Carrara por suspeita de superfaturamento na compra de 30 mil kits de robótica por 26,3 milhões de reais – 740 reais por kit, quando o preço de mercado variava entre 14 e 29 reais. A ação cível tramita na Justiça e a Procuradoria-Geral de Justiça analisa a instauração de um Procedimento Investigatório Criminal.
Em maio de 2025 a Justiça aceitou denúncia contra Manga e o parceirão Carrara por improbidade administrativa. A dupla comprou 1.188 lousas digitais por 26 reais cada uma, preço cerca de 56% acima da média do mercado. O prejuízo à Prefeitura foi estimado em 11 milhões de reais.
Uma licitação para compra e instalação de semáforos motiva outro processo por improbidade administrativa contra a Prefeitura, mas a área da educação parece ser a menina dos olhos da administração municipal: em 2023, a Justiça recebeu denúncia e, em 2024, condenou cinco pessoas envolvidas – incluídos chefe de gabinete e secretário de Governo – na compra de um prédio, cuja avaliação indicava o preço de 19,5 milhões de reais, para a Secretaria de Educação por 29,8 milhões de reais.
Rodrigo Manga não é, ainda, formalmente investigado no caso das irregularidades no serviço de águas e esgotos de Sorocaba, o Saae, por compras sem licitação de mais de 200 milhões de reais.
Assessoria/Caminho Político
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