segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Alto Comando das Forças Armadas repudia golpismo e evita crise militar

Três generais que participaram de governos anteriores e a mulher de um quarto estão entre os radicais. Usaram como justificativa as últimas medidas do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Um grupo de oficiais da reserva ligado ao governo do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) tentou escalar a crise política em curso, levando-a para dentro dos quartéis. “Foram neutralizados, sem a necessidade de nenhuma conversa no Forte Caxias para lhes impor aquilo que diziam defender quando estavam na ativa: disciplina”, revela o colunista Marcelo Godoy, repórter especial do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.
“Três generais que participaram de governos anteriores e a mulher de um quarto estão entre os radicais. Usaram como justificativa as últimas medidas do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. “Foi nesse clima que o Alto Comando se reuniu na semana passada e chegou ao consenso de que a crise é política e que a instituição não deve ser contaminada pelos humores da Praça dos Três Poderes. A conclusão é de que o objetivo dos radicais da ultradireita era acrescentar à bagunça institucional uma crise militar, desestabilizando o general Tomás para retirar a legitimidade do atual Alto-Comando, visto como obstáculo a um golpe.
Trincheira
“Entre os generais, há quem lembre que, em um país dividido, o discurso dos radicais da ultradireita, que dizem representar ‘o povo’, lembra o de grupos que resolveram pegar em armas contra o regime militar, nos anos 1960. A ultra esquerda também acreditava representar ‘o povo’. O problema é que ontem – como hoje – ninguém se perguntava se o povo queria a radicalização que exclui da cidadania os que pensam diferente de quem defende o golpe ou a revolução”, acrescenta Godoy.
Segundo o colunista, desde 2022, o comandante Tomás Paiva e Richard Nunes, ex-chefe do Estado-Maior do Exército estão entre os principais alvos da campanha de difamação da ultradireita, que busca desestabilizar o país.
“O radicalismo é sempre assim. Parece ombrear com os que defendem o Brasil, mas ao fim e ao cabo, são os autores de crimes, massacres, conspirações e badernas. O que as cerimônias em Brasília parecem demonstrar é que eles estão do outro lado da trincheira da ética e da legalidade. Foi por isso que a mensagem de Mallet falou mais alto no Forte Caxias”, conclui Godoy.
Assessoria/CdB/Caminho Político
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